“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16261

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia química
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Hígor Brandão de Paula
Orientador IARA FONTES DEMUNER
Outros membros ANA MARCIA MACEDO LADEIRA CARVALHO, Caio César Zandonadi Nunes, LEONARDO GONCALVES PEDROTI, MARCOS OLIVEIRA DE PAULA
Título Produção de lignosulfonatos a partir de lignina kraft de eucalipto e seu potencial como plastificante de concreto
Resumo A lignina, o segundo biopolímero mais abundante na natureza, possui a função de promover dureza e resistência mecânica a madeira. Na indústria de celulose, a lignina é um subproduto presente no licor residual, após a madeira passar pelo processo de polpação. Cerca de 98-99% dessa lignina é utilizada para produção de vapor e energia (lignina kraft - LK); os outros 1-2% são usados para gerar produtos de alto valor agregado (lignosulfonato (LS) do processo sulfito). LS são tensoativos de base biológica e altamente solúveis em água, possibilitando aplicações industriais. Diante disto, tem-se a necessidade do estudo da LK aplicada à biorrefinaria, sendo uma das possíveis aplicações a produção de LS. Devido à estrutura molecular da lignina apresentar alta complexidade e baixa reatividade, o seu uso industrial ainda é restrito e precisa ser estudado. Este trabalho teve como objetivo a produção de dois LS, a partir da LK comercial e da lignina kraft tratada termicamente (LKTT), a fim de relatar o seu uso como plastificante de concreto, comparando-os ao plastificante de concreto comercial (Muraplast FK830). A LK e LKTT foram caracterizadas quimicamente quanto à lignina solúvel e insolúvel em ácido, lignina total e pela relação S/G, calculada por Pi-GC/MS. Para produção de LS, a reação de sulfometilação ocorreu por 240 min a 160ºC, sendo a razão molar entre o hidroximetilsulfonato de sódio e lignina de 1,6. Após este processo, foi realizada a mesma caracterização química para os LS’s. Pastas de cimento, concretos frescos e endurecidos com e sem aditivos foram utilizados para testar o desempenho dos plastificantes produzidos. A consistência inicial dos concretos frescos foi observada (slump test), enquanto à resistência à compressão axial dos concretos endurecidos após 7 dias e à viscosidade das pastas de cimento foram ponderadas. A dosagem dos três plastificantes para mistura no concreto foi mensurada por densidade, de modo a alcançar a mesma textura que o plastificante comercial. Utilizando os LS’s como plastificantes, observou-se que a consistência dos concretos (35 mm do LS produzido da LK e 39 mm do LS produzido da LKTT) foram compatíveis com o plastificante comercial (39 mm), havendo diminuição da viscosidade. A concentração usada de LK e LKTT dos LS’s para manter a mesma textura do plastificante comercial (0,5%) foi de 2,18% e 2,26%, respectivamente. Quanto à resistência à compressão axial, se manteve constante em relação ao concreto referência (sem aditivo). Após 07 dias, os valores de compressão axial foram de 30,1; 29,2; 30,6 e 37,9 MPa, para a referência, LS produzido da LK, LS produzido da LKTT e plastificante comercial, respectivamente. Concluiu-se que os LS’s se mostraram potenciais como aditivos em concreto por serem produzidos através de um resíduo do processo kraft, pela compatibilidade de consistência com o plastificante comercial e pela ausência de etapas de purificação para sua aplicação.
Palavras-chave Lignina kraft, concreto, biorrefinaria
Forma de apresentação..... Painel
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