“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16258

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Alice Barbutti Barreto
Orientador MARCELO COUTINHO PICANCO
Outros membros Daiane das Graças do Carmo, Maria do Socorro Cavalcante de Souza Mota, Mayara Cristina Lopes, Mayara Moledo Picanço
Título Influência dos elementos climáticos na intensidade de ataque da traça-da-castanha do caju
Resumo O cajueiro (Anacardium occidentale) é uma fruteira nativa do nordeste brasileiro e é cultivado em todas as regiões tropicais do planeta. Além disso, tem grande importância socioeconômica pela geração de emprego no campo e na indústria de processamento da castanha-de-caju. A traça-da-castanha Anacampsis phytomiella Busck (Lepidoptera: Gelechiidae) é a principal praga da cultura e pode causar perdas de até 80%. Os danos são causados pelas lagartas que se alimentam da castanha e a destroem completamente, o que compromete a comercialização do produto. Os elementos climáticos influenciam na incidência de uma praga e a fim de elaborar estratégias de controle adequadas para a traça-da-castanha, é importante verificar qual o efeito deles. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar como os elementos climáticos afetam o ataque de A. phytomiella em pomares de caju. O experimento foi conduzido em Pacaju - CE (4°10′26′′S, 38°27′50′′W, 77 m de altitude) durante dois anos (2018 e 2019), em pomares plantados com clone CCP 76, cultivados em espaçamento 7 x 7 m, sem irrigação e com o emprego de práticas normais de cultivo. Em cada pomar foram selecionadas ao acaso 40 plantas. Em cada ramo dessas plantas, foram avaliados o número de castanhas verdes totais e verdes atacadas por A. phytomiella. A partir destes dados foi calculada a percentagem de castanhas atacadas pela praga. Os dados climáticos foram obtidos através de uma estação automática. Em 2018 os dados foram coletados em outubro e novembro e, em 2019, entre setembro e dezembro. Durante a realização deste trabalho nos pomares de caju as temperaturas mínimas, médias e máximas do ar variaram de 21,70 a 26,10 oC, 24,96 a 28,65 oC e 28,20 a 33,90 oC, respectivamente. A precipitação pluviométrica atingiu 7,00 mm.dia-1. A umidade relativa do ar média variou de 59,19 a 75,02 %. A velocidade média dos ventos variou de 1,59 a 3,99 m.s-1. Já a radiação solar variou de 10,33 a 22,36 MJ.m-2.dia-1. dos ventos tiveram correlação significativa. No 1º ano a intensidade de ataque da praga diminuiu ao longo do período de frutificação dos cajueiros. Já no 2º ano a intensidade de ataque da praga aumentou na fase inicial da frutificação e atingiu um patamar a partir da metade do período de frutificação dos cajueiros. Verificaram-se correções positivas e significativas (P < 0,05) entre a intensidade de ataque da praga com as temperaturas médias (0,42) e máximas (0,43) do ar. Por outro lado, verificaram-se correções negativas e significativas (P < 0,05) entre a intensidade de ataque da praga com a radiação solar (-0,41) e a velocidade dos ventos (-0,42). Portanto, em períodos mais quentes, com dias mais nublados e com ventos de menor intensidade são maiores os riscos da traça-da-castanha A. phytomiella causar maiores danos nos pomares de caju. Nessas situações, deve-se monitorar com maior frequência a praga para controlá-la antes que ela cause danos econômicos.
Palavras-chave Anacardium occidentale, Anacampsis phytomiella, manejo integrado de pragas
Forma de apresentação..... Vídeo
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