“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16250

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Fagner Darlan Dias Corrêa
Orientador SEBASTIAO VENANCIO MARTINS
Outros membros Gabriel Correa Kruschewsky, Samanta de Almeida Ramos, Wesley da Silva Fonseca, William Víctor Lisboa Alves
Título Serapilheira acumulada como bioindicador da restauração florestal de uma área atingida pelo rompimento da barragem de Fundão, Mariana - MG
Resumo A serapilheira é constituída por materiais de origem vegetal (folhas, ramos, frutos, sementes e flores) e por materiais de origem animal, sendo considerado um importante componente dos ecossistemas florestais, pois fornece matéria orgânica e regula a ciclagem de nutrientes. Nesse sentido, o estoque de serapilheira é um importante bioindicador para avaliar florestas em processo de restauração. O presente estudo objetivou avaliar a serapilheira acumulada em uma área afetada por rejeitos de mineração provenientes do rompimento da Barragem de Fundão em Mariana – MG, que vem sendo restaurada pela Fundação Renova. Sendo assim, a área afetada foi dividida em três tratamentos, denominados de A, B e C, de acordo com a proximidade do ecossistema de referência. O tratamento A está localizado mais próximo de um fragmento florestal não atingido pelo o rejeito, o tratamento B está em nível intermediário e o tratamento C está situado mais distante do fragmento florestal. Nesse cenário, foram alocados 20 pontos em cada tratamento, com distância de 5 m entre cada ponto. Foi coletado todo material orgânico contido no interior de um gabarito de 0,5 x 0,5m (0,25m2) alocado em cada ponto. O material coletado em cada ponto foi levado para o Laboratório de Restauração Florestal (UFV), onde as amostras foram colocadas em estufa a 70° C durante 72 horas. Após a secagem, o material foi pesado em balança analítica de precisão para obtenção da massa seca. As médias de serapilheira acumulada, encontrada nos tratamentos (A, B e C), foram comparadas através do Teste Tukey para amostras independentes, ao nível de significância de 5%. Como resultados, o tratamento A (12,26 t/ha) e o tratamento B (8,07 t/ha) não apresentaram diferenças estatísticas entre si, enquanto que o tratamento C (7,06 t/ha) diferiu estatisticamente do tratamento A. Esse resultado indica que a proximidade com o fragmento florestal influencia na serapilheira acumulada. A menor quantidade de serapilheira observada no tratamento C pode ser justificada pela distância entre este tratamento e o fragmento florestal de referência, não atingido pelo rejeito. Contudo, pode-se observar a tendência de um aumento gradual da serapilheira entre os estratos, como já está sendo observado entre os tratamentos A e B. Sendo assim, a serapilheira acumulada na área impactada reflete o potencial de resiliência do ambiente. A matriz florestal da paisagem, no entorno da área, contribuiu para o aumento da serapilheira, demostrando que a proximidade de fragmentos florestais facilita o processo de sucessão. O aporte de serapilheira no presente estudo colabora para a formação de um Tecnosolo mais estruturado e fértil devido à incorporação de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes.
Palavras-chave Ciclagem de Nutrientes, Indicador Ambiental, Regeneração Assistida
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,66 segundos.