“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16242

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Geografia
Setor Departamento de Geografia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Gabriela Rodrigues da Silva
Orientador EDSON SOARES FIALHO
Outros membros Samira Santos Macedo
Título A aplicação de SIG na análise de risco de deslizamento na Bacia do Rio Pardo (RS)
Resumo A Bacia Hidrográfica do Rio Pardo encontra-se no centro do estado do Rio Grande do Sul, englobando total e parcialmente treze municípios, sendo que o território possuía, no ano de 2007, aproximadamente 213.747 habitantes, com 148.957 residindo no espaço urbano e 64.790 na parte rural. Outrossim, trata-se que essa região passou por sucessivas alterações no que tange aos aspectos físico-ambientais e sócio-territoriais, de modo que participou significamente da economia do Rio Grande do Sul e do próprio Brasil durante o século XVIII, contudo, adentrou em um período de estagnação econômica já no século XIX, o que perdura até os dias atuais. Contudo, ainda mostram-se expressivas o número de áreas de vegetação suprimidas para a conformação de mosaicos de agricultura e pastagens, sobretudo, relacionados à expansão do agronegócio no país e um desenvolvimento acelerado e desordenado no que concerne a urbanização. À vista disso, corrobora-se com a noção de que a estruturação das paisagens está atrelada à dinâmica interna da natureza e as ações humanas operantes em dada periodicidade, logo, a análise da Bacia do Rio Pardo é sustentada pela noção de que o ambiente se molda e reage às opções de desenvolvimento econômico da comunidade. Assim sendo, trata-se que os estudos de fragilidade ambiental almejam identificar as unidades ambientais com características comuns em termos de vulnerabilidade à diferentes condicionantes (tipos de solos, índices pluviométricos, declividade, etc.), assim, se faria possível analisar de que forma as intervenções antrópicas, tal qual uso e ocupação da terra, poderiam conviver em equilíbrio dinâmico com os elementos físico-naturais, de forma a empreender simulações quanto aos acontecimentos futuros, isto é, prover condições efetivas para que ocorra um planejamento e ordenamento socioespacial exitoso. Na sequência, para que se fizesse a construção de um mapa de risco quanto aos deslizamentos de encostas na Bacia do Rio Pardo houve a utilização do software gratuito QGIS 3.16 para a produção dos mapas de altitude, clima, declividade, tipos de solos, uso e ocupação da terra em 2018 e, por fim, a sobreposição das camadas em um único produto através da atribuição de pesos e do cálculo de prioridade, uma vez que se buscava a visualização do estado de degradação ambiental da área e de seus desdobramentos quanto a continuidade das atividades econômicas e o bem-viver da população. Em suma, pela avaliação dos mapas, percebeu-se que a região mantém elevado grau de preservação de sua cobertura vegetativa original – 43,07% ou 1542 quilômetros – potencializando a manutenção da estabilidade de suas vertentes e impedindo que grandes eventos se notabilizem. Não obstante, as áreas de lavouras de soja (9,10%) e infraestrutura urbana (1,39%), que implicam em desmatamento e impermeabilização dos solos frágeis (argissolos e cambissolos), e se conformam em áreas de vertentes mais inclinadas (acima de de 15°), são as de alto risco de deslizamentos.
Palavras-chave Análise de risco, Geografia, Planejamento
Forma de apresentação..... Vídeo
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