“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16237

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Isabela Santos Oliveira
Orientador NATALIA GONCALVES DE SOUZA SANTOS
Título A recepção crítica e literária de George Sand na imprensa acadêmica de São Paulo (1847-1870)
Resumo George Sand (1804-1876), pseudônimo adotado por Aurore Amandine Lucile Dupin, foi uma das representantes da Literatura Francesa no século XIX. Romancista, jornalista e crítica literária, conta com uma vasta produção entre os anos de 1830 e 1870, dentro dela constam romances, contos, artigos críticos para jornais, ensaios políticos e textos autobiográficos. Figurando na lista de escritores internacionais mais importantes da dita literatura universal da época (FERNANDES, 2012, p.76). A aparição da obra de Sand no Brasil se faz num contexto de grande influência cultural francesa, compreendendo os decênios de 1830 e 1840, perpetuando-se por todo o oitocentos. Nesse período de guinada cultural e literária, também se intensifica a publicação de periódicos - a imprensa como órgão de formação da opinião pública, foi também espaço essencial para a crítica literária brasileira do século XIX. Assim, chama atenção a natureza da recepção da obra da autora francesa nessa ambiência a qual, não raro, entrecruza imprensa e literatura. Lançamos nosso olhar para a compreensão de questões que concernem a imagética e a recepção de George Sand no periodismo acadêmico paulista do século XIX, publicado entre os anos de 1847 e fins do decênio de 1860, recorte que se configura como o corpus desta pesquisa. Pretendemos, dessa maneira, entender a ambígua presença da autora, que ora é apresentada enquanto musa, criada e representada não apenas na crítica, mas também na poesia propriamente dita dos autores brasileiros, como Álvares de Azevedo e Castro Alves. Ora como sujeito criador, momento no qual são direcionadas análises à sua obra. Assim, objetivamos compreender, a partir do levantamento e análise de textos jornalísticos disponíveis na Hemeroteca Digital, da Biblioteca Nacional e de obras poéticas publicadas no oitocentos, as possíveis diferenças na representação poética de Sand e na análise crítica de sua produção. Para tanto, recorremos à Teoria do Campo, de Pierre Bourdieu (1996), para lançar luz ao entendimento da estrutura de organização do campo literário, distinguindo assim as forças que interferiram na recepção da obra e da autora na crítica acadêmica da São Paulo oitocentista. Esse campo foi escolhido por conta das afinidades morais e literárias percebidas por mais de um estudioso da nossa literatura (SOUZA, 2021; CANDIDO, 2002) entre a segunda geração do romantismo brasileiro e a sua correspondente francesa. A partir deste estudo ainda em andamento, poderemos averiguar a validade das hipóteses sobre a dualidade preliminarmente entrevista na recepção dessa figura. Além disso, pretendemos compreender se a visibilidade da obra de George Sand, apesar de sua consagração, é afetada por uma possível rejeição à literatura produzida por mulheres, diante do domínio masculino no campo literário.
Palavras-chave George Sand, Periodismo Acadêmico, Recepção.
Forma de apresentação..... Vídeo
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