“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16216

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Flaviana Barcelos de Castro
Orientador NATALIA GONCALVES DE SOUZA SANTOS
Título A morte da Épica em Gupeva: romance brasiliense (1861), de Maria Firmina dos Reis
Resumo A presente pesquisa estudou o texto de fundação Gupeva: romance brasiliense (1861), da escritora maranhense Maria Firmina dos Reis (1822 - 1917). Tal estudo buscou, por meio da evidenciação e da investigação das relações entre o referido romance e Caramuru: poema épico do descobrimento da Bahia (1781), de José de Santa Rita Durão (1722 - 1784), problematizar as motivações e os resultados de retomada da obra árcade pela romântica. A fim de melhor compreender isso, considerou-se a estética do Romantismo brasileiro, que é o contexto de produção da obra de Reis, e as opiniões de José de Alencar expressas durante a polêmica em torno d’A Confederação dos Tamoios, um conjunto de cartas publicadas entre junho e agosto de 1856, no Diário do Rio de Janeiro, no qual o renomado romancista discute acerca da pertinência do gênero romance em detrimento do épico para a constituição da literatura brasileira. Dessa forma, objetiva-se demonstrar as intertextualidades entre Gupeva e Caramuru e, no contexto oitocentista, a relevância da retomada de um clássico épico brasileiro, além de colocar essa retomada como escolha consciente da autora a partir da polêmica acerca d’A Confederação dos Tamoios, obra escrita por Gonçalves de Magalhães, destinada a ser um dos pilares da nossa nascente literatura, mas que, segundo Alencar, não correspondeu às expectativas. Para isso, inicialmente fez-se leitura e fichamento de Gupeva e de Caramuru, enfocando aspectos contrastantes de caracterização de lugar e de personagem para o romance e para o épico, além da revisão bibliográfica sobre Gupeva. Em seguida, realizou-se pesquisa e revisão bibliográfica sobre intertextualidade, tendo Gérard Genette como principal referência; gêneros literários, em especial o romance e o épico; retórica e polêmica acerca d'A Confederação dos Tamoios, que incluiu consulta às publicações originais das cartas de Alencar no periódico Diário do Rio de Janeiro. Diante disso, foi possível inserir Maria Firmina dos Reis, através de Gupeva, no debate acerca das escolhas dos gêneros literários mais adequados para construção da literatura brasileira, iniciado pela polêmica em torno d'A Confederação dos Tamoios. Por fim, também foi possível compreender os prováveis significados tanto estéticos quanto historiográficos do resgate do poema épico de Durão no romance de fundação de Reis, a partir da análise da composição, da representação da natureza brasileira e da figuração do indígena no épico e no romance.
Palavras-chave Romantismo, Indianismo, intertextualidade
Forma de apresentação..... Vídeo
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