“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16208

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química Analítica
Setor Departamento de Química
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lucas Hestevan Malta Alfredo
Orientador JEMMYSON ROMARIO DE JESUS
Outros membros Jéssica Passos de Carvalho
Título Síntese de um novo material nanohíbrido a base de carbon dots e prata para extração de poluentes orgânicos persistentes em amostras de camarão
Resumo Os poluentes orgânicos persistentes (POPs), uma classe de compostos orgânicos tóxicos, têm sido foco de extensas discussões para o controle em suas aplicações. Entre esses POPs, destacam-se os pesticidas. O Brasil é considerado uma das maiores potências do setor agropecuário e líder em comercialização de agrotóxicos. Devido à crescente demanda e aplicação em diversos setores, esses contaminantes orgânicos acabam no meio ambiente aquático, contaminando a vida marinha e, indiretamente, os seres humanos. Nos últimos anos, a contaminação de alimentos como camarão, peixes e outros, se tornou cada vez mais comum, surgindo a necessidade de um controle desses POPs nos produtos alimentícios. No camarão, um dos alimentos mais consumidos no país, tem-se a necessidade do desenvolvimento de métodos de detecção desses poluentes tóxicos. Embora adsorventes comerciais estejam sendo aplicados para extrair e quantificar poluentes orgânicos, o alto custo, a difícil recuperação, assim como a baixa eficiência de extração impõem limitações a essas estratégias. Assim, este estudo propôs a síntese de um novo material baseado em carbon dots e nanopartículas de prata, gerando um produto simples, econômico, sustentável e recuperável, como adsorvente para extração e pré-concentração de pesticidas (atrazina, heptacloro, flutrianol, bifentrina e DDT) em amostra de camarão. Para isso, técnicas de caracterização específicas (MET, DRX, infravermelho, UV/Vis e CHNS) foram utilizadas para caracterizar o material sintetizado. A extração dos pesticidas da amostra de camarão foi feita usando técnica de dispersão da matriz em fase sólida (DMFS). Para a otimização da extração, suportes sólidos comerciais foram testados (sílica gel, alumina neutra e carvão ativado). Planejamento fatorial do tipo 23 foi utilizado para obter a condição ótima de extração. Os fatores avaliados foram a razão amostra/adsorvente (1:1; 1:5; 1:10 m/m), tipo de eluente (hexano, metanol e acetonitrila) e o tipo de adsorvente comercial. Como resultado da caracterização do nanomaterial, a análise por CHNS indicou alto teor de carbono (11,2%) e hidrogênio (2,6%) no nanomaterial (1,7mg), e a caracterização por infravermelho confirmou a sua funcionalização com o ácido-1,2-naftoquinona-4-sulfônico. O ponto de carga zero do nanomaterial foi determinado em pH 7,8, e, posteriormente, o estudo de isoterma de adsorção (Langmuir e Fruendlich) indicou que o material apresenta uma superfície monocamada rugosa (KF = 66,7 mL1/nmg(1-1/n)/g) com quantidade máxima de sítios disponíveis para ligação de qmax = 208,33 mg/g. Em relação à otimização, os resultados do planejamento mostraram uma maior recuperação dos pesticidas de interesse quando utilizados alumina neutra, acetonitrila e a razão 1:3, obtendo uma recuperação variando entre 80-103%. A pesquisa se encontra em fase de conclusão com a aplicação do material nanohíbrio para a extração dos pesticidas, usando as condições ótimas, e em processo de validação do método (GC-MS).
Palavras-chave Nanotecnologia, nanomaterial híbrido, extração pesticidas
Forma de apresentação..... Painel
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