“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16204

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Juliana Magalhães Soares
Orientador MARCELO COUTINHO PICANCO
Outros membros Daiane das Graças do Carmo, Guilherme Pratissoli Pancieri, Lucas de Paulo Arcanjo, Samara Arêas Carvalho
Título Insetos presentes em espigas de milho em cultivos de verão
Resumo O milho (Zea mays L.) é uma das principais fontes para a alimentação humana e animal no mundo. O Brasil é terceiro maior produtor mundial deste cereal, ficando atrás dos Estados Unidos e China. No Brasil o milho é cultivado em duas safras: no verão ou primeira safra (responsável por 55% da produção) e na safrinha (ou segunda safra realizada no outono). A produtividade do milho no Brasil está muito abaixo dos maiores produtores mundiais. Dentre os fatores responsáveis pela baixa produtividade no país, destacam-se as perdas causadas pelos insetos. Nas espigas de milho os insetos podem causar perdas diretas e indiretas. Assim, é fundamental se identificar e quantificar as perdas causadas pelos insetos presentes nas espigas de milho nas diversas épocas de cultivo. assim, o objetivo deste trabalho foi identificar e quantificar as perdas causadas pelos insetos presentes nas espigas de milho em cultivo em cultivo de verão. O experimento foi realizado na unidade experimental Professor Clibas Vieira - Aeroporto, em Viçosa, MG, na safra 2020/2021. A lavoura de milho avaliada tinha área de cerca de três hectares. Na coleta de dados, a lavoura foi dividida em 10 parcelas. Em cada parcela foi realizada a coleta de 20 espigas. Em cada espiga foram avaliados os números de grãos totais e danificados. Os grãos danificados foram separados em duas categorias: aqueles que foram atacados por insetos (que foram considerados como perdas diretas) e os danificados de forma indireta (fungos e grãos germinados) em consequência da perfuração da palha das espigas pelos insetos. Foram identificadas as espécies de insetos que ocasionaram danos nas espigas. Calcularam-se as perdas diretas e indiretas causadas pelos insetos em quilograma por hectare. Também foram calculadas as percentagens de perdas diretas causadas por cada espécie de inseto. Usando a média e erro padrão das características avaliadas se confeccionaram histogramas de representação das perdas ocorridas. As perdas totais causadas pelo ataque de insetos às espigas no cultivo de milho foram iguais a 29,71 ± 11,49 kg/ha. As perdas causadas pelo ataque de insetos às espigas, foram diretas (5,59 ± 1,91 kg/ha) e indiretas (24,12 ± 11,31 kg/ha). As espécies que causaram perdas diretas nas espigas foram a lagarta Helicoverpa spp. e o gorgulho Sitophilus zeamais. S. zeamais foi responsável pela maior parte das perdas diretas (70,59 ± 3,33%), seguido por Helicoverpa spp. (29,41 ± 3,33%). As perdas indiretas ocorreram devido a perfuração da palha das espigas pelas lagartas Helicoverpa spp. Portanto, nos cultivos de milho de verão deve-se planejar o monitoramento e a realização de controle (químico, biológico, resistência de plantas e comportamental) quando necessário de Helicoverpa spp. e de S. zeamais, já que eles são os principais causadores de perdas nas espigas do milho nesta época de plantio.
Palavras-chave ////Insetos em espigas, cultivo de verão, danos diretos
Forma de apresentação..... Vídeo
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