“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16188

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Geografia
Setor Departamento de Geografia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Carla Martins Nunes
Orientador MARILDA TELES MARACCI
Outros membros Letícia Souza Sampaio
Título Cartografia do medo: Espacialidade da violência de gênero na Universidade Federal de Viçosa
Resumo O papel feminino por muitos anos foi reduzido somente à maternidade e ao campo doméstico. Hoje, fruto de lutas, conquistamos visibilidade e ocupamos locais que historicamente nos foram negados. Mas essa presença ainda sofre interferência das desigualdades de gênero e da violência, resultante das relações assimétricas de poder, projetando a “generificação desses espaços”, uma violência que atua de forma invisível. A partir dessa perspectiva, a metodologia empregada neste trabalho é a elaboração de uma cartografia, traçando o mapeamento e a análise da violação do corpo, da mobilidade, e do bem estar de estudantes nos espaços universitários da Universidade Federal de Viçosa, campus Viçosa, traçando rotas que são de seus cotidianos. Além disso, a análise integra, além das noções de gênero, a teoria da interseccionalidade, abordagem essa capaz de propiciar a reflexão da experiência do uso e ocupação do espaço e tempo a partir da vivência e das diferenças entre sujeitos, não limitando o estudo a mulheres cisgêneros, brancas e heterossexuais. O projeto em questão foi examinado e aprovado pelo Comitê de Ética para sua execução.
Para o estudo, foi desenvolvida uma coleta de informações através de respostas obtidas por questionário online (“Google Forms”) com 13 questões, respondidas por mulheres, maiores de 18 anos, estudantes da UFV, que frequentam o espaço universitário presencialmente. As primeiras perguntas elaboradas possuem o intuito de, no anonimato, recolher informações sobre como essas mulheres se identificam em termos de gênero, raça/cor e idade, para assim traçar a interseccionalidade do trabalho.
Na segunda parte do questionário, foi utilizado o Mapa Temático da Universidade Federal de Viçosa, que enumera e nomeia os prédios e departamentos, é produzido pela Divisão de Design Gráfico e Audiovisual (DDA - UFV), e é amplamente divulgado como material informativo, principalmente para o acolhimento anual dos calouros da universidade. Com base nesse mapa, colhemos informações sobre quais locais as estudantes se sentem mais seguras e menos seguras, se já sofreram algum tipo de violência dentro do campus, além de mapear se elas participam das decisões políticas da universidade ou se acreditam que a direção se importa e trabalha para seu bem-estar e segurança. Dentre as questões, a parte final destinou-se a coletar símbolos e desenhos das entrevistadas que representem a palavra insegurança, segurança e violência, para que, a partir disso, possamos elaborar como produto final um mapa colaborativo e de fácil leitura como retorno da pesquisa. Para elaborar a parte cartográfica, será utilizado aplicativo o QGIS, por ser um software livre. Com esse trabalho, pretende-se dar visibilidade às manifestações das mulheres sobre sua segurança nos espaços de seus usos cotidianos na universidade e, assim, possibilitar estratégias nas quais elas participem da construção e da apropriação do espaço da universidade de maneira segura.
Palavras-chave Mapeamento, Mulheres, Mobilidade.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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