ISSN | 2237-9045 |
---|---|
Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Geografia |
Setor | Departamento de Geografia |
Bolsa | PIBIC/CNPq |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | CNPq |
Primeiro autor | Carla Martins Nunes |
Orientador | MARILDA TELES MARACCI |
Outros membros | Letícia Souza Sampaio |
Título | Cartografia do medo: Espacialidade da violência de gênero na Universidade Federal de Viçosa |
Resumo | O papel feminino por muitos anos foi reduzido somente à maternidade e ao campo doméstico. Hoje, fruto de lutas, conquistamos visibilidade e ocupamos locais que historicamente nos foram negados. Mas essa presença ainda sofre interferência das desigualdades de gênero e da violência, resultante das relações assimétricas de poder, projetando a “generificação desses espaços”, uma violência que atua de forma invisível. A partir dessa perspectiva, a metodologia empregada neste trabalho é a elaboração de uma cartografia, traçando o mapeamento e a análise da violação do corpo, da mobilidade, e do bem estar de estudantes nos espaços universitários da Universidade Federal de Viçosa, campus Viçosa, traçando rotas que são de seus cotidianos. Além disso, a análise integra, além das noções de gênero, a teoria da interseccionalidade, abordagem essa capaz de propiciar a reflexão da experiência do uso e ocupação do espaço e tempo a partir da vivência e das diferenças entre sujeitos, não limitando o estudo a mulheres cisgêneros, brancas e heterossexuais. O projeto em questão foi examinado e aprovado pelo Comitê de Ética para sua execução. Para o estudo, foi desenvolvida uma coleta de informações através de respostas obtidas por questionário online (“Google Forms”) com 13 questões, respondidas por mulheres, maiores de 18 anos, estudantes da UFV, que frequentam o espaço universitário presencialmente. As primeiras perguntas elaboradas possuem o intuito de, no anonimato, recolher informações sobre como essas mulheres se identificam em termos de gênero, raça/cor e idade, para assim traçar a interseccionalidade do trabalho. Na segunda parte do questionário, foi utilizado o Mapa Temático da Universidade Federal de Viçosa, que enumera e nomeia os prédios e departamentos, é produzido pela Divisão de Design Gráfico e Audiovisual (DDA - UFV), e é amplamente divulgado como material informativo, principalmente para o acolhimento anual dos calouros da universidade. Com base nesse mapa, colhemos informações sobre quais locais as estudantes se sentem mais seguras e menos seguras, se já sofreram algum tipo de violência dentro do campus, além de mapear se elas participam das decisões políticas da universidade ou se acreditam que a direção se importa e trabalha para seu bem-estar e segurança. Dentre as questões, a parte final destinou-se a coletar símbolos e desenhos das entrevistadas que representem a palavra insegurança, segurança e violência, para que, a partir disso, possamos elaborar como produto final um mapa colaborativo e de fácil leitura como retorno da pesquisa. Para elaborar a parte cartográfica, será utilizado aplicativo o QGIS, por ser um software livre. Com esse trabalho, pretende-se dar visibilidade às manifestações das mulheres sobre sua segurança nos espaços de seus usos cotidianos na universidade e, assim, possibilitar estratégias nas quais elas participem da construção e da apropriação do espaço da universidade de maneira segura. |
Palavras-chave | Mapeamento, Mulheres, Mobilidade. |
Forma de apresentação..... | Painel |
Link para apresentação | Painel |
---|