Resumo |
O tomate é uma cultura de grande importância econômica, por ser a segunda hortaliça mais consumida do mundo. No entanto, com suscetibilidade ao ataque de diversas pragas, dentre elas, está a mosca minadora (Liriomyza huidobrensis). Uma praga de grande importância mundial, capaz de gerar danos diretos e danos indiretos em todas as fases de desenvolvimento da planta de tomate, mas principalmente no estágio vegetativo. Nesse contexto, estudos sobre a dinâmica da distribuição dessa praga, são fundamentais para a implementação de programas de manejo integrado de pragas. Assim o objetivo do trabalho foi determinar a distribuição espacial da mosca minadora, em cultivos de tomate no estágio vegetativo. Para isso, foram monitoradas oito lavouras comerciais de tomate, da variedade Aguamiel, durante dois anos, na região de Coimbra, Minas Gerais, Brasil. Coletas da avaliação da densidade de L. huidobrensis, durante o estágio fenológico vegetativo das plantas. Através da avaliação das folhas mais basais do terço mediano do dossel utilizando a técnica de contagem de minas ativas, com a presença da larva viva da praga. Foram avaliadas 2400 plantas, distribuídas nos oito cultivos, com pontos georreferenciados, utilizando o GPS (Garmin Etrex modelo Vista HCx). Modelos de geoestatísticas foram confeccionados, a partir do o software GS+ Geostatistics for the Environmental Sciences versão 7.0, para obtenção dos parâmetros geoestatisíticos, onde os mesmos variaram, de acordo com a densidade da praga e a lavoura. Mapas de distribuição da praga, foram produzidos, por interpolação de krigagem e inverso da distância. A partir dos mapas de distribuição espacial da praga, verificou-se que no estágio vegetativo, as plantas foram atacadas pela praga, e à medida que a população aumenta, aumenta o tamanho dos focos e alteração da dinâmica espacial. Em lavouras com baixa densidade populacional, foi observado distribuição agregada, com pequenos focos. A distribuição agregada é comum em espécies de insetos, onde no início da colonização visam por colonizar no local ao se dispersarem. Em lavouras com maiores densidades populacionais, apresentaram maiores e maior quantidade de focos. A colonização de L. huidobrensis ocorreu tanto pelas bordaduras, como pelas partes internas dos campos, mostrando que geralmente apresentam distribuição espacial aleatória. Já quando as populações da praga atingiam densidades muito altas, as populações apresentaram distribuição espacial uniforme, por não apresentarem dependência espacial. A partir destas informações, é recomendado que os produtores da região intensifiquem o monitoramento para o controle para esta praga durante o estágio vegetativo, evitando que ocorra maiores focos da praga na lavoura. Visto que quanto maior a densidade da praga na lavoura, mais dificultado será o controle, além do estágio vegetativo, permitir com mais facilidade, o controle efetivo da praga, pois a cultura estará no processo de desenvolvimento, facilitando o manejo. |