“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16149

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Gabriela Zinato Pereira
Orientador BRUNO RICARDO DE CASTRO LEITE JUNIOR
Outros membros Alline Artigiani Lima Tribst, Ana Flávia Coelho Pacheco, Paulo Henrique Costa Paiva
Título Uso do ultrassom para potencializar a ação da Flavourzyme® sobre as proteínas da semente de abóbora: Efeitos na atividade enzimática
Resumo A semente da abóbora (Cucurbita pepo) é um subproduto que ainda é pouco explorado e geralmente é destinado à ração animal ou até descartado. A hidrólise enzimática das proteínas da semente de abóbora (PSA) é uma alternativa para geração de peptídeos potencialmente bioativos, bem como, para produção de hidrolisados com propriedades técnico-funcionais superiores em relação à proteína nativa. A Flavourzyme® é uma protease comercial composta por uma mistura de enzimas com atividades exo e endopeptidase e por isso sua utilização em processos de hidrólise torna-se estratégico. Porém, o uso de enzimas em processos industriais é desafiador devido à baixa taxa de conversão, longo tempo de reação e alto consumo de energia. Neste contexto, estudos mostram que a tecnologia de ultrassom (US) pode ser uma alternativa para superar essas limitações potencializando a hidrólise enzimática. Desta forma, este estudo avaliou o efeito do pré-tratamento da Flavourzyme® e da PSA por US na atividade enzimática. A solução enzimática (0,5% p/v) e a solução de PSA (1% p/v), ambas diluída em tampão fosfato de sódio 0,1 M em pH 7,5, foram pré-processados por US (40kHz, 23,8W/L) nas temperaturas de 25, 40 e 55 °C por até 180 min. Após os pré-tratamentos, determinou-se a atividade enzimática realizando a hidrólise na proporção 1% enzima/proteína, em pH 7,5, na temperatura de 55 °C, por 30 min. A atividade enzimática relativa após o pré-tratamento por US da enzima (AERE) e do substrato (AERS) foram calculadas considerando a atividade das amostras processadas por ultrassom em relação às não processadas, na mesma condição de temperatura. Com base nos resultados obtidos, verificou-se que o pré-tratamento da Flavourzyme® por US à 25 e 40 °C foi capaz de promover ativação enzimática (aumento na AERE de até 22,4% à 25 °C e 14,4% à 40 °C - p<0,05). Por outro lado, o pré-tratamento da enzima por US à 60°C promoveu uma redução na AERE (redução de até 73,2% após 180 min - p<0,05). Em relação ao pré-tratamento ultrassônico da PSA, verificou-se um aumento na AERS independente da temperatura de pré-tratamento (aumento máximo de 25,7%, 20,9% e 15,7% à 25, 40 e 60 °C, respectivamente - p<0,05). Esses efeitos são, provavelmente, consequências do colapso das bolhas de cavitação provocadas pelo US, que induziram mudanças conformacionais na estrutura da Flavourzyme® e da PSA, expondo novos sítios ativos da enzima e/ou melhorando o acesso da enzima ao substrato processado. Assim, conclui-se que o US é uma estratégia interessante para potencializar a ação Flavourzyme® sobre PSA visando a maximização da produção de compostos de interesse industrial.
Palavras-chave Subproduto vegetal, Hidrólise Enzimática, Flavourzyme®
Forma de apresentação..... Vídeo
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