ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Ensino médio |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | História |
Setor | Colégio de Aplicação - Coluni |
Bolsa | PIBIC Ensino Médio |
Conclusão de bolsa | Sim |
Apoio financeiro | CNPq |
Primeiro autor | LUIZA DE SOUZA E SILVA |
Orientador | FABIO LUIZ RIGUEIRA SIMAO |
Título | Na "ágora digital": História Pública, interpretações do passado e desafios da democracia no Brasil contemporâneo. |
Resumo | Este trabalho procura compreender a produção da história pública nas redes sociais contemporâneas. O espaço público, criado pela Internet, permitiu a produção de conteúdos diversos, porém, sendo extremamente rico na interação social, pode contribuir também para obscurecer debates, disseminar discursos de ódio e interpretações equivocadas. Na ágora digital, como a denominamos, todos podem falar, e essa liberdade, que em si é positiva, por vezes, produz ideias excludentes e preconceituosas, silenciando memórias e ações de grupos e pessoas com um passado de opressão, que ainda hoje sentem seus reflexos. Através de literatura especializada nas áreas de história pública, historiografia e memória, acompanhadas de materiais digitais divulgados no Twitter, Youtube, Instagram e outros, estudamos as diferentes percepções sobre a história do Brasil e seus efeitos na relação com temas como gênero, raça e desigualdade. Concentramos em assuntos e debates que, na atualidade, desvendam questões sobre grupos vulneráveis a ataques e silenciamentos. Negros, indígenas, mulheres e comunidade LGBTQI+ são nossos protagonistas:O que se fala sobre eles, a visão de sua trajetória na história recente do Brasil e como isso influencia o espaço público democrático são nossos focos centrais. Discutimos os materiais selecionados, colocando visões diferentes, umas complementares, outras contraditórias, e não tomamos partido, procurando nos orientar por valores democráticos e plurais. Analisamos as diferentes interpretações na perspectiva de seus impactos sobre um espaço público, onde deveria haver defesa da diversidade e produção de uma história respeitosa com relação às lutas e conquistas de grupos e pessoas diferentes, mas no mundo digital, onde historiadores e não historiadores produzem e divulgam conteúdos, a responsabilidade interpretativa deve ser dobrada. A história pública, interessada em dialogar com públicos não especializados e debater problemas de interesse geral, alinha-se aos desafios contemporâneos, já que, através dela é possível relativizar análises e mudar posicionamentos. A Internet, embora permita a interação de uma rica gama de pessoas, permanece selecionando e deixando de lado quem não tem acesso ou consome conteúdos sem crítica e sem condições de debater uma história aberta, que ouve e contempla as diferentes vozes. De um modo geral, percebemos que há nas mídias digitais a difusão de uma história pública que pretende legitimar posições específicas sobre desafios e polêmicas da sociedade contemporânea, uma história em disputa, um espaço de debate e interpretações. Isso é bom pois sinaliza a existência da pluralidade, ao menos no nível das discussões. Porém, com perspectivas não apenas de quem explorou, mas também de quem foi explorado, na maioria das vezes, o que acontece é a disseminação de valores ideológicos, que não abordam a história nas suas diversas facetas, mas no esforço seletivo de usar o passado para legitimar posturas sociais específicas. |
Palavras-chave | História Pública, Democracia, Mídias Sociais |
Forma de apresentação..... | Vídeo |
Link para apresentação | Vídeo |
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