“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16143

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde coletiva
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Maria Laura Azevedo Moreira
Orientador RAYSSA NOGUEIRA RODRIGUES MACHADO
Outros membros Eduarda de Paula Mendes, Isis Milani de Sousa Teixeira
Título Doença tropical negligenciada: qual o comportamento temporal da hanseníase antes e durante a pandemia por COVID-19 no Brasil?
Resumo INTRODUÇÃO: Doenças tropicais negligenciadas são um grupo de doenças de origem bacteriana, viral, parasitária, fúngica e não transmissíveis; muitas delas possuem em seu ciclo vetores e reservatórios animais. O acesso inadequado ao saneamento básico, a água potável, e as condições adequadas de higiene propiciam o aparecimento dessas doenças e marcam seu caráter social. Ademais, essas doenças historicamente recebem pouca atenção da saúde pública, baixo interesse das indústrias farmacêuticas e financiamento insuficiente para pesquisas. Por todas essas razões uma intervenção global é urgente, principalmente, diante da pandemia causada pelo SARS-CoV-2. Em 2020, com a pandemia, a implementação de serviços essenciais de saúde para as doenças tropicais negligenciadas foi afetada, dentre essas doenças, menciona-se a hanseníase. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a doença envolve o comprometimento principalmente da pele e nervos periféricos; que atualmente tem cura, apesar dos estigmas que existiram no passado. OBJETIVO: Analisar a tendência temporal da hanseníase entre os anos de 2019 a 2020 no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico, de séries temporais, dos anos de 2019 e 2020. Os dados de notificação da hanseníase foram extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Para a análise de tendência foi utilizado o software Stata (versão 12) e empregado o modelo de regressão linear de Prais-Winsten, em que a variável independente foi o mês de cada ano analisado e a variável dependente a taxa de notificação da doença. RESULTADOS: A tendência apresentou-se estacionária nos dois anos analisados. No entanto, na análise descritiva dos dados foi possível observar uma queda na notificação em 2020 (queda de 35,44%). CONCLUSÕES: A queda observada reflete o baixo rastreamento epidemiológico (endemicidade oculta), e não a queda dos diagnósticos de casos. Os dados, portanto, apontam a necessidade da sensibilização dos gestores e profissionais de saúde sobre a atenção contínua que as doenças tropicais negligenciadas merecem na agenda de saúde, sobretudo em locais com piores indicadores sociais.
Palavras-chave Doenças negligenciadas, hanseníase, SARS-COV-2
Forma de apresentação..... Painel
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