“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16109

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Enfermagem
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Rosely Soares de Souza
Orientador PEDRO PAULO DO PRADO JUNIOR
Outros membros Ana Carolina Lopes Albino, Samuel Henrique Teixeira Pereira, Taylor Miguel Rosário
Título Influência Norte-americana na profissionalização da Enfermagem no Brasil: Revisitando a História.
Resumo INTRODUÇÃO: A enfermagem moderna caracteriza-se como um conjunto de ações pautadas em bases científicas que além do tratamento às doenças, zela pela prevenção e promoção de saúde, atingindo um equilíbrio mental, social e físico. Essa enfermagem é reflexo das transformações sociais, sobretudo das reverberações pós Florence Nightingale, referência no ensino de enfermagem no mundo. O modelo anglo-americano de enfermagem teve seus pressupostos baseados no ensino Nightingaleano. Esse modelo chega ao Brasil por intermédio do diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), Carlos Chagas, através de um termo de cooperação com a Fundação Rockefeller (FR). OBJETIVO: Analisar a influência norte-americana na profissionalização da enfermagem no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, considerando as plataformas Scielo, BVS e a Biblioteca Digital da USP. A pergunta da pesquisa foi: “Identifica-se na literatura a influência norte-americana na enfermagem do Brasil?” Foram considerados 6 artigos, publicados entre 1999 e 2015. RESULTADOS: Na década de 1920, quando o DNSP se une num acordo à FR, inicia-se o processo de mudança no padrão de formação de profissionais com a criação de escolas de enfermagem que reproduziriam o modelo de ensino norte americano (um modelo de ensino que orientava pela recomendação do Relatório de Goldmarco; o Standard Curriculum que se caracterizava pelo grande número de disciplinas com pequena carga horária). A Missão de Cooperação Técnica para o Desenvolvimento de Enfermagem no Brasil - Missão Parsons foi o nome dado ao grupo de enfermeiras, norte-americanas, que vieram ao Brasil e foram responsáveis pela criação do Serviço de Enfermeiras, que tinha como especialidade as visitas domiciliares e era compreendida, na literatura, como um marco fundamental para o reconhecimento da profissão de enfermagem no Brasil. Tem-se também a criação da Escola de Enfermeiras do DNSP, atual Escola de Enfermeiras Ana Néri e foram responsáveis por implementar o campo de estágio para as estudantes através do Hospital Geral de Assistência. O acordo entre o DNPS e a FR foi de suma importância para a consolidação da prática de enfermagem como a conhecemos hoje, considerando não apenas sua práxis, mas também seus dilemas morais e éticos. Percebeu-se que, após a implementação do modelo americano, há um aumento no número de escolas de nível superior, mas que o número de formandos não acompanha a progressão em razão de obstáculos sociais, como a resistência das famílias brasileiras em permitirem que suas filhas participassem do processo de aprendizagem. CONCLUSÃO: Conclui-se que, na literatura, é perceptível a influência advinda do intercâmbio realizado entre Brasil e Estados Unidos nas práticas do cuidado e no seu desenrolar ao longo do século. Entretanto, nota-se a necessidade de mais pesquisas que se orientem no sentido de analisar essas influências na prática de enfermagem no atual contexto brasileiro.
Palavras-chave História da Enfermagem, Ensino de Enfermagem, Formação profissional.
Forma de apresentação..... Painel
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