“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16084

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Comunicação
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Heloisa Maia Clementino
Orientador CARLOS FRANKL SPERBER
Outros membros Larissa Falcao Fonseca, Leonardo Ramos Leal, Moana Teixeira Rothe-Neves
Título Ciência na rede: popularização com pensamento crítico
Resumo No contexto atual de descrédito da ciência e emergência de desastres ambientais cada vez mais frequentes e violentos, faz-se urgente e prioritária a popularização do conhecimento científico e o estabelecimento de canais de diálogo academia-sociedade. Em 2016 foi criada a Rede Terra-Água, integrando diferentes pesquisadores com foco na recolonização da mata ciliar e ambiente aquático da bacia do rio Doce, que foi seriamente afetada pelo desastre socioambiental envolvendo a barragem da SAMARCO/BHP Billiton/Vale, em Mariana, MG, em 2015. Desde então, a Rede tem buscado formas de divulgação dos projetos e de seus resultados nas redes sociais. Em 2020 o perfil da Rede contava com apenas 20 seguidores no Instagram. A partir da pergunta “Por que a ciência ecológica não chega ao público extra-acadêmico?”, neste trabalho visamos implantar e aperfeiçoar canais de comunicação e intercâmbio entre o público geral e os pesquisadores da Rede. Pressupomos que a falta de canais eficientes de comunicação aumenta a lacuna entre a ciência e o público geral, e propomos cinco hipóteses relacionadas: H1 – Irregularidade; H2 – Hierarquização do conhecimento; H3 – Descrédito do conhecimento científico; H4 – Descrédito do cientista; H5 – Linguagem inadequada. Centramos nossos esforços no Instagram, onde predominam conteúdos audiovisuais. Publicamos (i) resumos de artigos, com imagens referentes ao conteúdo, dando prioridade para produções dos próprios pesquisadores, mantendo a identidade visual; (ii) vídeos curtos sobre os projetos, mostrando o dia a dia de laboratório e campo, humanizando e aproximando o cientista do público ao mostrar o processo do fazer científico; (iii) enquetes em postagens temporárias, sobre preferências e sugestões do público. No decorrer das atividades do projeto, nosso número de seguidores chegou a 385, com destaque para a postagem sobre os resíduos do rompimento da barragem em Mariana nas árvores da região, que chegou a 10.375 visualizações, agregando novos seguidores. Acreditamos que nossos resultados demonstram como atividades frequentes, aliadas à estratégia de aproximação do público com os pesquisadores através do compartilhamento de seus trabalhos, e tudo isso interligado por uma identidade visual estabelecida, mostrou como o uso estratégico de ferramentas das redes sociais pôde potencializar o alcance da ciência ecológica de maneira importante. Contamos com uma retaguarda cuidadosa, que exigiu um processo minucioso e trabalhoso, desde o contato com as produções científicas, a produção audiovisual propriamente dita, até toda a revisão do conteúdo por pares competentes, de forma a garantir o rigor, veracidade e pertinência das postagens. A organização de toda a rede de colaboradores para viabilizar estes produtos só foi possível pelo grande número de pesquisadores, estudantes bolsistas e estagiários voluntários envolvidos na Rede Terra-Água, por sua pró-atividade e dinâmicas auto-organizativas extremamente eficientes.
Palavras-chave Rede Terra-Água, divulgação científica, Instagram e ciência
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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