Resumo |
Introdução: a unidade de terapia intensiva direciona-se ao atendimento de pacientes gravemente doentes, os quais apresentam risco iminente de morte e, portanto, necessitam de assistência contínua, especializada e alta complexidade tecnológica. Tendo em vista que os pacientes críticos podem apresentar características distintas, torna-se relevante avaliar o perfil dos pacientes que evoluem a óbito durante a internação. Objetivos: descrever as características dos pacientes críticos que evoluíram a óbito durante a internação em uma unidade de terapia intensiva no ano de 2020. Material e Métodos: Estudo longitudinal realizado a partir de dados secundários disponíveis nos relatórios de indicadores assistenciais mensais referente aos 400 pacientes críticos, internados no período de 01/01/2020 a 31/12/2020, em uma unidade de terapia intensiva. Foram obtidas as informações sociodemográficas, clínicas e relacionadas ao desfecho da internação. Realizou-se a análise descritiva dos dados. A pesquisa foi desenvolvida respeitando os aspectos éticos de pesquisa com seres humanos, sendo aprovada pelo comitê de ética da instituição proponente (Parecer nº 4.214.221). Resultados: Dentre os 400 pacientes internados ao longo de 2020, 79 (19,8%) evoluíram a óbito. Entre os pacientes que evoluíram a óbito a média de idade foi de 66,9 anos (±17,9 anos), com predomínio de pacientes do sexo masculino (58,2%), internados via Sistema Único de Saúde (81,0%). O tempo médio de internação foi de 6,8 dias (±8,0 dias) e as principais causas de internação foram as doenças do aparelho circulatório (34,2%), doenças infecciosas e parasitárias (17,7%) e doenças do aparelho respiratório (8,9%). Conclusões: conclui-se que a mortalidade apresentou uma prevalência de 19,8% entre os pacientes críticos, predominando os idosos, do sexo masculino e cuja internação foi financiada pelo Sistema Único de Saúde. Os pacientes foram internados por diferentes motivos, no entanto, a maior proporção foi devido às doenças do aparelho circulatório. |