Resumo |
O periquitinho (Alternanthera pungens) é uma planta daninha ainda não intensamente distribuída no Brasil e, por isso, não se tem tantos dados referentes ao controle da mesma no país. Por outro lado, é uma planta daninha que tem vários estudos internacionais desenvolvidos para controlá-la em gramados de jardins e campos de golfe principalmente. Levando-se em conta as características morfofisiológicas da espécie, uma alternativa de controle químico seria a utilização de herbicidas mimetizadores de auxina, como, por exemplo, o dicamba. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a eficiência de diferentes doses do dicamba para o controle de plantas jovens de Alternanthera pungens, conhecido como curva dose-resposta. O estudo foi desenvolvido em casa de vegetação, em que foram mantidos os vasos de 350 mL com 20 sementes da planta daninha em cada vaso. Aos 2 meses após a emergência da planta daninha, com cerca de 10 cm, foi realizado o desbaste deixando 2 plantas por vaso e a aplicação foi feita com pulverizador costal pressurizado com CO2, as seguintes doses em quatro repetições: 9, 18, 36, 72, 144, 288, e 576 g e.a.ha-1; além do tratamento sem a aplicação do herbicida. As avaliações dos níveis de injúrias foram feitas aos 7, 14 e 21 dias após a aplicação (DAA), e aos 21 DAA foi avaliado a biomassa seca da parte aérea da planta daninha. Aos 7 DAA, não se obteve níveis de injúria nas plantas maiores que 20% em nenhuma dose estudada, esse nível de injúria (20%) foi atingido aos 14 DAA com a aplicação das doses acima de 36 g e.a.ha-1, chegando ao máximo de 70% de injúria na maior dose nesse período. Aos 21 DAA, obteve-se um nível de controle satisfatório de 80% para as doses acima de 288 g e.a.ha-1. Diante do exposto, conclui-se assim, que o dicamba é uma ótima alternativa de controle de plantas jovens de Alternanthera pungens, podendo ser recomendado em culturas geneticamente modificadas que são resistentes a esse herbicida e/ou culturas monocotiledôneas que o dicamba é seletivo. |