“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16046

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Economia doméstica
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Vitória Marcelle Lima Guimarães
Orientador ANA LOUISE DE CARVALHO FIUZA
Outros membros Tatiani Gomes Gouvêa
Título Ciência e gênero: uma análise da produção científica dos docentes do CCA/UFV
Resumo O aumento do número de mulheres na graduação e na pós-graduação é uma realidade nos dias atuais. Mas a concentração de mulheres em áreas específicas do conhecimento, como as Ciências Humanas e da Saúde, permanece sendo objeto de investigação. Na Universidade Federal de Viçosa (UFV), locus do presente estudo, observou-se uma situação para problematização e investigação. Ao analisar a titulação entre mulheres e homens em nível de Doutorado, no período de 2017 a 2020, constatou-se a tendência de crescimento na proporcionalidade de homens e mulheres, até mesmo no Centro de Ciências Agrárias (CCA). Todavia, ao se analisar o número de professores e professoras de cada um dos quatro Centros de Ciências, constatou-se que o CCA apresentava a maior disparidade de gênero, com 22% de docentes do sexo feminino, seguido pelo CCE, com 30%. O presente estudo objetivou aprofundar a investigação sobre os aspectos referentes às assimetrias de gênero no Centro de Ciências Agrárias (CCA). Para tanto, analisou-se: a produção científica de professores e professoras; a distribuição de bolsas produtividade; as redes de parcerias para publicação de artigos e a classificação dos artigos no QUALIS-Capes. Analisou-se, ainda, o número e sexo dos orientandos dos docentes e a distribuição das orientações por nível de formação (Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado). Tais dados foram levantados analisando o Currículo Lattes dos docentes. Percebeu-se que, para aqueles que mais publicaram artigos, os homens representam 27%, e as mulheres 15%. Já para aqueles que mais publicaram artigos como primeiro autor, as mulheres representavam 19%, contra 25% dos homens. Para os docentes que mais publicaram artigos em parceria com homens como primeiro autor, os homens se destacaram com 28,5%, e as mulheres com 13%. Já entre aqueles que mais publicaram artigos com mulheres como primeira autora, as mulheres e os homens apresentaram o mesmo percentual, 23%. Pensando ainda as redes de parceria, dos docentes que mais orientaram estudantes homens, para todos os níveis de formação, os homens apresentaram 27% contra 15% de mulheres. Já aqueles que mais orientaram mulheres, as docentes superaram o percentual de homens, com 25,5% contra 24%. Estes dados indicam que os homens publicam mais, mas seu percentual de publicação como primeiro autor diminui e o das mulheres aumenta. Ou seja, a publicação dos homens está mais ancorada na rede de parcerias do que a das mulheres. Além disso, as mulheres constroem suas redes de parcerias de forma mais igualitária, publicando tanto com homens como com mulheres. Concluindo, ao se analisar as desigualdades de gênero, sobretudo no campo científico, constata-se que não basta apenas descrever as assimetrias. É preciso, também, compreender os mecanismos que perpetuam estes padrões de desigualdade, sejam eles relacionados aos padrões culturais (divisão sexual do trabalho), sejam eles relacionados ao próprio mundo do trabalho (regime de gênero).
Palavras-chave Carreira docente, Desigualdades de gênero, Produção científica
Forma de apresentação..... Vídeo
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