Resumo |
Introdução: A Organização dos sistemas de saúde em Redes de Atenção é uma estratégia para transpor a divisão das ações e serviços de saúde prestados à saúde materno-infantil, bem como qualificar a gestão da assistência nesta etapa do cuidado pré-natal (PN). Os fatores de risco são distribuídos, de acordo com Ministério da Saúde entre os que permitem a realização do PN pela equipe de Atenção Primária à Saúde (APS) e aqueles que podem indicar encaminhamento ao PN de Alto Risco. Os caminhos percorridos pela gestante com complicações; os itinerários terapêuticos, são complexos e vão desde a procura por recursos informais como ajuda de pessoas mais próximas, remédios caseiros e chás, até a procura por serviços de saúde. As gestantes em alto risco, além do suporte do seu território, devem ser encaminhadas para os cuidados de uma equipe de saúde de referência especializada e multiprofissional, com cuidados específicos, mantendo, um cuidado compartilhado, atenção integral, evitando peregrinações pelos pontos de atenção em busca de atendimento e assistência. Objetivo: Analisar o itinerário terapêutico e a rede de atenção à gestante de alto risco na busca pelo cuidado compartilhado. Metodologia: Realizadas buscas de dados quanti-qualitativos, em fontes de pesquisa primárias, através de revisão bibliográfica sistemática, publicadas nas plataformas CAPES e BVS com arranjos entre descritores: Health Services, Therapeutic Itinerary, Pregnancy, High-Risk; Gravidez de alto risco, sistema de saúde, efetividade, rede de atenção à saúde da mulher; com operador booleano AND. A pergunta de pesquisa foi: Qual itinerário terapêutico e a rede de atenção à saúde da gestante de alto risco, relatados na literatura, na busca do cuidado compartilhado? Como critérios de inclusão considerou-se artigos que responderam à pergunta problema, publicados entre 2018 e 2022 e revisão por pares, excluídos artigos duplicados e fora do contexto da pergunta. Pesquisa realizada entre abril e junho de 2022. Resultados: Encontrados 62 artigos, com 10 específicos do assunto. Verificou-se 4 artigos sobre a importância da APS como coordenadora na atenção, mesmo com referência a outro nível, 1 apontou a atitude profissional positiva nas informações aos pacientes e 5 demonstraram a peregrinação da gestante de risco, apresentando a necessidade de reduzir a fragmentação da assistência materno-infantil, partindo da organização da rede, facilitando o acesso, acolhimento e resolutividade. Conclusões: As gestantes de alto risco devem ter acesso ao cuidado compartilhado entre sua equipe de saúde de origem e os profissionais do serviço de referência. Foi possível, verificar os itinerários terapêuticos de gestantes de alto risco no sistema de saúde em alguns locais do Brasil, além da necessidade de fortalecer a APS enquanto coordenadora da rede e instituição do cuidado compartilhado como forma de organização, além da comunicação entre os níveis de atenção. |