Resumo |
A ideia para este projeto de PIBIC-EM surgiu da relevância assumida pelos assuntos relacionados ao efeito estufa e ao aquecimento global nos tempos atuais. Tal fato ocorre, em decorrência das ações antrópicas, as quais intensificam a ocorrência desses fenômenos devido a liberação de um grande quantitativo dos gases estufas – sobretudo o dióxido de carbono – proveniente, principalmente, da queima de combustíveis fósseis, das atividades industriais e dos desmatamentos. A questão fundamental levantada e que motiva o estudo é: a capacidade que o gás carbônico tem de absorver radiação pode ser usada de maneira a permitir o aproveitamento desta radiação? O projeto propõe a utilização de gás carbônico para um melhor aproveitamento térmico da radiação solar, investigando se esse gás estufa pode ser utilizado para aumentar a eficiência energética de um aquecedor de água de baixo custo, com potencial utilização em outros processos. Os aquecedores são do tipo passivo, feitos com materiais recicláveis e de baixo custo, como garrafas PET, embalagens de leite longa vida, canos e conexões de PVC. O gás estufa utilizado no projeto foi produzido por meio da reação ácido acético (presente no vinagre) e bicarbonato de sódio sólido e foi armazenado em garrafas PET. Os dados das medições da temperatura foram coletadas com sensores de temperatura do tipo DS18B20, acoplados à placa microcontroladora Arduíno Uno. Os dados foram salvos em cartão de memória utilizando-se um Módulo SD Card e o controle de tempo através de dispositivo Real Time Clock (RTC) DS3231. O monitoramento do sistema foi feito com o uso de um painel digita do tipo display LCD 2x16. O experimento investigou o uso de diferentes quantidades de gás e diferentes distâncias da camada de gás estufa e a estrutura de aquecimento: com uma camada de CO2 localizada à 20, 40 e 60 cm acima do aquecedor, com uma dupla cobertura desse gás estufa sob o equipamento e com camadas envolvendo todo o aquecedor, formando uma espécie de “saia” ao redor dele. Além desses, também realizamos as medições de temperatura nos dois aquecedores sem a interferência do dióxido de carbono, a fim de comprovar que o causador das diferenças nos dados obtidos era realmente a presença desse gás e não outra influência externa qualquer. Assim, para analisar e comparar esses resultados utilizamos as planilhas do Excel e o software para análise de dados PSPP, onde calculamos a diferença de temperatura da água entre os aquecedores sem e com o gás carbônico e interpretamos esses dados com o auxílio de ferramentas analíticas, a exemplo da média, variância e desvio padrão. As análises preliminares indicam que há diferença de temperatura da água dos aquecedores em determinados horários do dia. A análise completa será efetuada a partir da coleta dos dados de todas as condições estudadas. |