“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 15974

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Artes
Setor Departamento de Artes e Humanidades
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Josimáteus Geraldo Ataíde Rocha da Silva
Orientador EVANIZE KELLI SIVIERO ROMARCO
Título Lesões em breakdancers da Zona da Mata
Resumo O Breaking é uma modalidade de dança incluída dentro da cultura Hip Hop, que abarca outras modalidades artísticas como o grafitti e o rap. Esse estilo de dança é caracterizado por ser altamente improvisacional e acrobático. Comumente, os dançarinos aprendem a dançar uns com os outros ocupando ruas, quadras e praças como local de prática, as vezes, tendo como equipamento de proteção apenas um par de tênis. Desse modo, treinos intensos, local de aula e práticas de preparo corporal inadequadas, quando associadas ao gestual e velocidade de execução dos movimentos predispõe o artista a lesões. Ainda é escassa a literatura sobre o assunto, todavia, a mesma aponta para um alto padrão lesional nesses dançarinos. Embora o Breaking seja uma modalidade de dança popular no Brasil e em Minas Gerais (MG), não foram encontrados estudos sobre lesões que abrangessem dançarinos brasileiros.
Objetivos: levantar as lesões tipológicas e topográficas, e analisar quais são os padrões lesionais em breakdancers da Zona da Mata.
Métodos: esse estudo epidemiológico, de natureza exploratória buscou publicações similares através de bases indexadas-artigos em português e em inglês sem definição prévia de temporalidade. A posteriori, foi realizada uma pesquisa de campo.
Os voluntários foram localizados por associações de Hip Hop, grupos de dança, prefeituras, através do contato com organizadores de competições e afins. O estudo consistiu no preenchimento de um formulário on-line que visou levantar as lesões dos dançarinos nos últimos 7 e 30 dias e 12 meses. Os dados foram tabulados e analisados pelo programa Microsoft Office Excel 2016 para serem discutidos com a literatura encontrada.
Participaram do estudo 39 voluntários oriundos das 7 microrregiões da Zona da Mata mineira. Todavia, apenas 19 voluntários, distribuídos em 4 regiões passaram pelos critérios de inclusão e exclusão. A média de idade foi de 26,57 anos e o tempo de treino semanal era de até 10 horas para 89% dos voluntários.
Foram registradas 104 lesões no período de 12 meses (5,47 lesões por ano). Quanto à topografia, predominaram as lesões de ombro (14,42%); punhos, mãos e dedos (12,50%) e joelho (10,58%). E quanto à tipologia, respectivamente: dor, peso e formigamento (54,81%), seguido de arranhão/esfolado (19,23%) e tostão/contusão (19,23%).
Dentre os fatores e hábitos de risco, 79% treinam até a exaustão; 63% relataram se curar sem ajuda profissional quando se lesionam; 53% realizam alongamento para flexibilidade no pré-treino; 26% se forçam dançar mesmo machucados, e 11% não prepararam o corpo para dançar.
Considerações finais: Esse estudo evidenciou a predominância em punhos à dedos, seguido de ombro e joelho. Essas possivelmente lesões ocorrem por impacto. A literatura aborda a importância do trabalho educativo com esses dançarinos, todavia, não menciona o papel da Saúde Pública. Sugere-se a realização do mesmo por meio da Atenção Básica, que é o nível de saúde mais próximo dos usuários.
Palavras-chave Dança, Lesão, Epidemiologia
Forma de apresentação..... Vídeo
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