Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12606

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Jordana Luizi dos Prazeres
Orientador JOAO PAULO VIANA LEITE
Outros membros Alisson Andrade Almeida, HAROLDO NOGUEIRA DE PAIVA, JOSIMAR REIS MENDES
Título Distribuição geográfica e propagação da espécie vegetal Aureliana velutina: estratégia para o uso sustentável de produtos florestais não madeireiros
Resumo O Brasil é o país com maior número de espécies vegetais do planeta, sendo também considerado megabiodiverso. Visando o aproveitamento sustentável de seus recursos vegetais, tem-se utilizado como importante estratégia a pesquisa, desenvolvimento e uso sustentável de produtos florestais não madeireiros. Neste contexto, pesquisadores do grupo de pesquisa BIOPROS/UFV têm executado projeto de localização, identificação e coleta de materiais vegetais a partir de espécies arbóreas nativas do bioma Mata Atlântica visando a construção de uma coleção de extratos. Deste então, vários extratos têm sido alvo de estudos de bioprospecção farmacêutica de interesse para as áreas de saúde humana e agricultura. Até o momento cerca de 250 extratos já foram testados quanto às atividades antitumoral, antibacteriana, antifúngica, nematicida e inibidora de enzimas de interesse bioquímico. Dentro da pesquisa de bioprospecção do BIOPROS, uma das espécies que se mostrou promissora na busca de novas substâncias com propriedades antitumorais, foi a Aureliana velutina Sendtner (Solanaceae). Sabe-se que A. velutina é endêmica do Brasil. A descoberta de propriedades medicinais para esta planta remete a necessidade de maior conhecimento sobre a sua presença e distribuição no território brasileiro, bem como investigar formas de propagação da planta, visando obtenção de informações para estabelecer estratégias de manejo sustentável. Estes constituíram os objetivos do presente trabalho. Neste sentido, foi realizado um levantamento no mês de junho de 2019 sobre a ocorrência da espécie com base nas informações retiradas do banco de dados do herbário virtual inct.splink.org.br, de forma a conhecer a características de seus habitats naturais. Quanto a investigação de formas de propagação de A. velutina, foi identificado um indivíduo nativo da espécie. A partir de ramos desse indivíduo arbóreo adulto, foram preparadas estacas intermediárias e apicais, com aproximadamente 12 cm de comprimento, as quais foram dispostas em caixa plástica contendo substrato comercial à base de casca de Pinus decompostas. Foram encontradas 275 ocorrências de A. velutina no Brasil, sendo Minas Gerais o estado com maior registro (60%), seguido do Distrito Federal (25,1%), Bahia (7,7%) e Goiás (3,3%). O Ceará apresentou 5 ocorrências e São Paulo 3. A espécie também está presente no Espírito Santo (2) e no Rio de Janeiro (1). Observa-se, assim, que a Mata Atlântica e Cerrado são domínios fitogeográficos da A. velutina. Quanto ao estudo de propagação, após 60 dias em casa de vegetação climatizada, verificou-se enraizamento das estacas intermediárias e mortalidade das estacas apicais. As estacas enraizadas foram transplantadas para tubetes de plástico rígido, obtendo-se, assim, mudas adequadas para plantio, indicando que a propagação vegetativa por meio da estaquia é viável para a espécie. Recomenda-se novos estudos para estabelecer um protocolo para a propagação clonal da espécie, por meio da estaquia.
Palavras-chave Aureliana velutina, fitogeografia, propagação.
Forma de apresentação..... Painel
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