Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12589

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Zootecnia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ícaro Artuso Lage
Orientador YAME FABRES ROBAINA SANCLER DA SILVA
Outros membros Cristian Silva Teixeira, Leandro Machado Pedrosa, Thiago Vieira e Silva, Ytalo Galinari Henriques Schuartz
Título Infecção ascendente em trato genital de garanhão da raça Mangalarga Marchador
Resumo Os garanhões são extremamente importantes no progresso genético das raças, e espera-se que apresentem boa qualidade reprodutiva. No entanto estão susceptíveis a diversas afecções no sistema reprodutor. Com isso, relata-se um caso ocorrido na Unidade de Ensino Pesquisa e Extensão em Equideocultura - UFV, de um garanhão Mangalarga Marchador de 14 anos, que apresentou aumento de volume escrotal, com maior relevância do lado direito. No exame físico, notou-se, de forma bilateral, aumento da temperatura local à palpação, presença de liquido no interior da bolsa escrotal, aumento de volume e sensibilidade dolorosa de epidídimo, testículo, bolsa escrotal e funículo espermático. Por meio do exame ultrassonográfico da região escrotal, confirmou-se presença de líquido (hidrocele), aumento e heterogenicidade da cauda do epidídimo, aumento do calibre da veia testicular central e de vasos sanguíneos periféricos do testículo. O ducto deferente direito apresentou aumento significativo de tamanho, sendo possível ser notado no exame ultrassonográfico (acontecimento raro) e o cordão espermático continha edema intersticial. No espermiograma, observou-se coloração anormal (amarelada) do ejaculado, imobilidade espermática e presença de neutrófilos (piospermia). Diante dos sinais clínicos, dos achados do exame reprodutivo e do exame ultrassonográfico o diagnóstico de inflamação bilateral de bolsa escrotal (periorquite), de testículo (orquite), de epidídimo (epididimite) e de funículo espermático (funiculite) foi estabelecido. Embora a inflamação dos componentes escrotais possa ocorrer de forma secundária a traumas, parasitas (Strongylus oedentatus) e doenças autoimunes, são na maioria das vezes causadas por infecções ascendentes secundárias à vesiculite seminal e ampolites. Com base nisso, foi feito o exame das glândulas sexuais acessórias do paciente por meio de palpação e ultrassonografia e foram encontrados sinais de inflamação das vesículas seminais e ampolas, corroborando com a suspeita de infecção ascendente. Dentre os agentes causadores mais prevalentes, encontra-se a Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Streptococcus spp. e Staphylococcus spp. Dessa forma, instituiu-se tratamento com antibioticoterapia sistêmica a base de Sulfadoxina associada a Trimetopim , (3 aplicações de 30ml cada, via intramuscular, com intervalo de 72 horas entre as aplicações, por duas semanas), antiinflamatório não esteroidal sistêmico à base de Flunixina Meglumina (8ml por dia, via endovenosa, por 4 dias), anti-inflamatório e analgésico local à base de Dimetilsulfóxido, duchas frias (3 vezes ao dia, com duração de 30 minutos cada) e probiótico uma vez por dia durante o tratamento para a proteção da flora gastro-intestinal. A intervenção rápida surtiu melhora logo nos primeiros dias de tratamento e o animal respondeu muito bem ao protocolo adotado, retornando à atividade reprodutiva. Portanto, um bom diagnóstico e conhecimento clínico, é essencial para reversão do quadro.
Palavras-chave Equino, Piospermia, Vesiculite
Forma de apresentação..... Painel
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