Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12582

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Wenderson Rodrigues Fialho da Silva
Orientador FLAVIA MARIA DA SILVA CARMO
Outros membros Arledys Albino Bohorquez, Filipe Schitini Salgado, Mayara Moledo Picanço, Pedro Felipe Seguro de Toledo
Título Plantas emitem sinais elétricos diferentes para herbívoros e seus predadores
Resumo As plantas emitem sinais elétricos como resposta aos estímulos bióticos e abióticos que recebem do meio em que vivem. Tais sinais tem amplitudes diferentes dependendo dos tipos de estímulos a que estão submetidas. Nesse trabalho testamos a hipótese de plantas emitem sinais elétricos diferentes quando estimuladas pela presença de herbívoros e de seus predadores. Paralelamente, também testamos a hipótese de que um aparelho manufaturado, de baixo custo tem sensibilidade e eficiência para coletar tais sinais elétricos. Para testar as hipóteses coletamos dados de plantas de couve com 75 dias, submetidas a três tratamentos. Inicialmente, registramos os sinais elétricos emitidos em uma folha de uma planta de couve sem contato com insetos (CSI).; em seguida, foram transferidos 5 pulgões para a mesma folha e após +/- 1 min. de descanso, registramos novamente os sinais elétricos. Finalmente, transferimos uma larva de joaninha no último instar para a folha e registramos novamente os sinais elétricos emitidos após +/- 1 min. de descanso. Esse procedimento foi repetido de forma semelhante para 4 plantas de couve e o tempo de registro dos sinais elétricos para cada tratamento foi de 1 min. Os dados foram registrados por um aparelho construído com base na tecnologia do Arduíno, que é basicamente uma placa com um microcontrolador Atmel e circuitos de entrada/saída, conectada à um computador por um cabo USB e programada via IDE (Integrated Development Environment) utilizando a linguagem C/C++. Nesse aparelho foram adaptados 2 fios de cobre, um dos quais é conectado à planta e o outro faz o aterramento, inserido no substrato do vaso. Os dados foram submetidos a ANOVA seguida de teste de Tuckey-Kramer, admitindo 5% de probabilidade. Os resultados mostraram que as plantas percebem a presença de ambos os insetos e emitem sinais elétricos diferentes para cada situação testada (F(2, 6773)= 57,6902, P<0,0001). Portanto, ambas as hipóteses foram aceitas. Esses resultados sugerem que as plantas reconhecem cada inseto separadamente. Uma vez que a amplitude de sinal emitido pelas plantas diminuiu quando a joaninha foi colocada na folha, podemos também sugerir que elas alteram sua fisiologia de acordo com cada situação, possivelmente deixando de sintetizar compostos de defesa, como medida de economia, já que há no ambiente um predador do herbívoro que a está atacando.
Palavras-chave inteligencia de plantas, comportamento de plantas, eletrofisiologia vegetal
Forma de apresentação..... Painel
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