Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12572

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Isabela de Souza Ribeiral
Orientador ERNANI PAULINO DO LAGO
Outros membros Amanda da Silva Almeida, Jessica Eunice de Souza, Joice de Oliveira Cabral, Jorge Guimarães dos Santos Junior, Melina Nascimento França, Vanessa do Carmo Eleto Hamadé
Título A importância da comunicação entre médicos veterinários e proprietários para a promoção da saúde animal
Resumo Comunicar, do latim communicare, significa tornar comum, trocar opiniões, e essa troca só ocorre quando ambas as partes se entendem. Na área da saúde, saber comunicar-se é fundamental para a transmissão de conhecimentos e orientações, de forma objetiva, compreensível, personalizada e consistente. Para isso, por diversas vezes é necessário adaptar/personalizar a forma de comunicar, pois cada indivíduo interpreta situações e informações de acordo com suas vivências, experiências e conhecimento do mundo e uma mensagem só será compreendida se for transmitida de forma clara. Para que essa adaptação de linguagem seja eficiente, é fundamental “viver” o ponto de vista da outra pessoa e ter empatia. O profissional da saúde nem sempre sabe a melhor forma de comunicar e isso pode estar relacionado a carências didáticas em sua formação acadêmica. O objetivo deste resumo é demonstrar causas de falhas de comunicação entre veterinários e proprietários de animais, analisar como isso é visto por egressos e docentes do curso de Veterinária da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e propor formas de minimizar essas dificuldades de linguagem. Para isso foi feita uma entrevista com produtores rurais, professores, residentes e egressos do curso de veterinária da UFV. Os resultados revelaram que, para os profissionais, os pontos que mais dificultam a comunicação são os aspectos relacionados às variações linguísticas, os regionalismos, o conhecimento popular e a omissão inadvertida de informações. No que diz respeito aos proprietários dos animais, foi revelado que a origem dos entraves se deve principalmente à utilização exagerada de termos técnicos, à falta de simplicidade de linguagem e à superioridade intelectual declarada, que atuam como inibidores de informações importantes ao esclarecimento do agravo. Essas análises evidenciaram a necessidade de se propor no meio acadêmico uma reflexão sobre como a forma de comunicação influencia na obtenção do diagnóstico, na efetividade do tratamento e melhoria da saúde. Também se faz necessário o entendimento da importância desse tema como parte do projeto pedagógico do curso de veterinária, com a criação ou fortalecimento de disciplinas acadêmicas que permitam o aprendizado dessas competências e capacidades, por meio da maior vivência em atividades que aproximem estudantes e produtor rural, da adaptação de linguagem para melhor comunicação e prescrição de receitas médicas, do uso de elementos alternativos como figuras se necessário, na explicação inequívoca do que se deseja que seja entendido, no uso moderado de termos técnicos e o uso preferencial de nomes comerciais de medicamentos ao invés da base farmacológica, evitando assim o dialogo improdutivo e erros de comunicação que possam culminar com a ineficácia do tratamento e até o agravamento da doença. Com isso, conclui-se que os saberes acadêmicos e tradicionais são complementares, e que a comunicação interfere diretamente na promoção da saúde.
Palavras-chave comunicação, saúde, tratamento eficaz
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,67 segundos.