Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12569

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Thiago Dantas de Alemão
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Bruno Ambrosio de Andrade, Débora de Castro Araújo Quintão, Eduardo Alexandre Lima, João Paulo Lara Alves, Nathalia dos Santos Rosse
Título Cisto ósseo subcondral na falange proximal de potro: relato de caso
Resumo Os cistos ósseos integram as chamadas enfermidades ortopédicas do desenvolvimento, podendo ser encontrados em vários ossos do corpo. No equino é bastante frequente no fêmur. A afecção é mais comumente diagnosticada em potros que foram submetidos a traumas biomêcanicos. O grau de claudicação depende da severidade da lesão. Foi atendido no Hospital Veterinário, do setor de Clínica e Cirurgia de Grandes Animais da Universidade Federal de Viçosa, um potro de três anos de idade, da raça Mangalarga Marchador que, segundo o treinador e responsável, estava apresentando discreta claudicação do membro pélvico direito (MPD) havia 45 dias. O quadro ocorreu 15 dias após ter introduzido treinamento para pista, mas ao observar o sinal clínico, a atividade física foi interrompida, e um tratamento iniciado: aplicação de gelo desde a região distal do membro até a proximal do metatarso, além de anti-inflamatório não esteroidal (fenilbutazona) por via intra-venosa, durante cinco dias. A terapia foi repetida depois de 15 dias, mas não houve desaparecimento da sintomatologia. No exame físico em estático (inspeção e palpação) foi constatado discreto aumento de volume na região correspondente à articulação metatarsofalangeana (AMtF) direita e discreta atrofia da musculatura glútea. Na avaliação do animal em dinâmica (passo e marcha) não foi constatada claudicação, entretanto após poliflexão das articulações interfalangeana distal e proximal e AMtF, a mesma foi visualizada no andamento marcha. Como o grau de claudicação não era pronunciado, optou-se por não realizar bloqueios anestésicos. Na sequência foram feitas radiografias da AMtF do MPD, nas projeções dorsoplantar e oblíquas dorsolateral-plantaromedial e dorsomedial-plantarolateral. O exame de diagnóstico por imagem revelou a presença de cisto ósseo subcondral, envolvendo a epífise e metáfise lateral da falange proximal, de aproximadamente 15 mm de diâmetro. De acordo com a literatura científica, cistos localizados na falange proximal, geralmente resultam de sobrecargas afetando a AMtF e osso subcondral. Como consequência, pode ocorrer a invasão do líquido sinovial para a região ainda não ossificada, acarretando elevação da pressão intra-óssea. Existe relato de tratamento de cistos em equinos com ácido hialurônico por via oral durante 60 a 90 dias, mas em geral a melhor opção é o cirúrgico. Portanto, o animal foi encaminhado a um médico veterinário especialista que optou, a princípio, em tratar a lesão com a introdução de um parafuso e o corticoide triamcinolona local, mas o proprietário fez apenas um contato inicial, não sendo o animal submetido a terapia preconizada. É importante destacar que a claudicação pode desaparecer espontaneamente, à medida que o cisto amadurece.
Palavras-chave cavalo, defeito na ossificação endocondral, sistema locomotor
Forma de apresentação..... Painel
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