Resumo |
É atribuição do Engenheiro Civil projetar e viabilizar a construção dos diversos sistemas que compõe edifícios de quaisquer tipos, valendo-se, em sua quase totalidade, de programas computacionais, com destaque para os CAD (Computer-Aided Design – Projeto Assistido por Computador). Essas plataformas surgiram como ferramentas de auxílio a projeto, hoje largamente difundidos como ferramentas digitais de desenho (2D) e modelagem (3D). Por isso, são conhecidos como “pranchetas eletrônicas”, não sendo este o objetivo primário da tecnologia. O grande leque de possibilidades que esses softwares oferecem para as engenharias e arquitetura coloca-os em destaque no mercado, sendo utilizados em vários setores da construção. Dentre as diversas propriedades do desenho digital, destaca-se os layers, mecanismo que possibilita a classificação de elementos de desenho conforme sua funcionalidade, permitindo agrupamentos de objetos afins. As layers, cujos nomes de identificação são arbitrados pelo usuário, podem ser ligadas ou desligadas (para ocultar/exibir partes do desenho) e possuir parâmetros default desenho, como tipos e espessuras de traço, cor, etc. Ocorre, entretanto, que a liberdade excessiva que os CAD oferecem na configuração dos layers, provoca dificuldades na organização geral das inúmeras representações gráficas multidisciplinares de um desenho e, portanto, na comunicação entre projetistas. São algumas das dificuldades a representação simultânea dos diversos sistemas que compõe o edifício e a sobreposição dos pavimentos. Há diversas propostas para a padronização da nomeação de layers, nenhuma delas com êxito no Brasil. Este trabalho apresenta uma proposta de padronização com potencial para aumentar a eficiência de projetos multidisciplinares. Mostra-se, através dos desenhos representativos de uma residência unifamiliar de 3 pavimentos, que é possível organizar um projeto de forma a tirar a máxima vantagem do uso de filtro de layers, mecanismo que permite o agrupamento de layers relacionadas. Além do projeto residencial escolhido, optou-se por desenvolver os trabalhos utilizando o Autodesk AutoCAD 2018, por ser o mais popular CAD, cuja licença de uso é disponível a estudantes. Apresenta-se a estrutura básica da nomeação adotadas para layers e as configurações necessárias para a utilização dos filtros. Partindo-se do pressuposto da pertinência da convivência de diversos sistemas num mesmo arquivo CAD, além da superposição dos pavimentos, demonstra-se que a padronização proposta é eficaz, minorando as possibilidades de erros e inconsistências entre projetos. |