Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12552

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Rhanna Maria de Oliveira Ellena
Orientador PAULO RENATO DOS SANTOS COSTA
Outros membros FABIANA AZEVEDO VOORWALD, Hellen Magela Barreto, Isabele Lima Pereira, Talita Nunes
Título Megaesôfago congênito em cão – Relato de caso
Resumo Megaesôfago é uma desordem do esôfago caracterizada por ausência ou redução acentuada dos plexos nervoso intramurais, determinando distúrbio motor esofágico à deglutição. Quando a destruição celular atinge níveis de 50 a 95%, ocorre progressiva desorganização de toda a atividade motora, hipomotilidade esofágica e dilatação do órgão, resultando em retenção de líquidos e sólidos e consequente regurgitação. Pode ser classificado em congênito devido a um defeito na inervação aferente vagal para o estômago; adquirido secundário, como consequência de causas primárias que provocam alterações motoras no esôfago ou esfíncter gastroesofágico, como miastenia grave, lúpus eritematoso, polimiosite, polineurite, neuropatias degenerativas, hipoadrenocorticismo, hipotireoidismo, deficit de tiamina, intoxicações, neoplasias e afecções cervicais e; megaesôfago adquirido idiopático, que acomete animais adultos sem etiologia conhecida. Objetiva-se relatar o caso de um paciente canino, sem raça definida, 9 meses de idade, atendido no Hospital Veterinário da UFV, com queixa de regurgitação após a alimentação e ingestão de água, há 4 meses. Foram realizados exames hematológicos e bioquímicos séricos que não evidenciaram alterações e, exame radiográfico simples e contrastado de região cervical e tórax, por meio de utilização de contraste sulfato de bário. Na radiografia simples observou-se deslocamento ventral da traquéia e campos pulmonares íntegros e, no exame contrastado, acentuada dilatação de esôfago torácico. Recomendou-se realização de endoscopia para avaliação de possíveis constrições, estenoses esofágicas ou esofagite de refluxo, entretanto, os tutores não autorizaram a realização do procedimento. Diante da confirmação da suspeita diagnóstica de megaesôfago congênito, o tratamento conservativo foi instituído por meio dieta hipercalórica seca, fracionada em 6 a 8 vezes ao dia, fornecida em plataforma elevada que requeira o animal em estação, com o apoio dos membros pélvicos, possibilitando que esôfago cervical e torácico permaneça em posição vertical durante alimentação e 10 minutos após. O prognóstico para megaesôfago congênito é reservado. Com a atenção adequada às necessidades calóricas e aos episódios de pneumonia por aspiração, os pacientes podem apresentar melhora da motilidade esofágica ao longo dos meses. Entretanto, se tais adequações ao manejo alimentar não forem seguidas, a morbidade e mortalidade desta condição são elevadas e, o paciente vem a óbito devido à subnutrição crônica e recorrência de pneumonia por aspiração. Portanto, o empenho do tutor no manejo alimentar do animal é fundamental para aumento da sobrevida do paciente.
Palavras-chave esôfago, gastroenterologia, diagnóstico
Forma de apresentação..... Oral
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