Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12549

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Thamara Lourdes Silva Maciel
Orientador PAULO RENATO DOS SANTOS COSTA
Outros membros Francisco José Sayão Lobato Brum de Barros, Marcella Mouço Capuzzo, Talita Nunes, Wendel Mayer de Souza Rezende
Título Meningite arterite responsiva a esteroides
Resumo Meningite Arterite Responsiva a Esteroides (MARE) é uma doença imunomediada que leva a uma vasculite-arterite em vasos meníngeos ao longo da medula espinhal e tronco encefálico. Possui etiologia desconhecida, acomete cães jovens adultos (5-18 meses) e apresenta predisposição por raças como Beagle e Boxer. É caracterizada principalmente por hiperestesia, rigidez cervical, hipertermia e pode apresentar déficits neurológicos em casos crônicos. Objetiva-se por meio deste resumo, relatar o caso de uma cadela, Beagle, não castrada, de 10 anos de idade e peso de 10,7kg, atendida no Hospital Veterinário da UFV. Paciente deu entrada com quadro de rigidez cervical, hiperestesia generalizada, decúbito lateral, relutância ao movimento, vocalização intensa e dispneia. Tutora relatou que paciente iniciou esse quadro há cerca de 2 meses com piora significativa nos últimos 8 dias. Devido ao estado geral da paciente, o exame físico foi prejudicado. Após avaliação clínica, foram estabelecidos diagnósticos diferenciais de MARE, discopatia cervical, discoespondilite, neoplasias e meningites de origem infecciosa. Optou-se por realizar diagnóstico terapêutico para MARE, iniciando administração de prednisolona em dose imunossupressora por 4 semanas, com possível redução gradual na dose, foram prescritos também dipirona e tramadol. Na primeira reavaliação após 3 dias de tratamento, paciente já apresentava deambulação e redução acentuada nos sinais de hiperestesia. Apresentava parâmetros vitais dentro da normalidade, reflexos preservados e discreta ataxia com fraqueza muscular. Foi feita nova avaliação após 7 dias de terapia, onde paciente já apresentava redução da ataxia e da fraqueza muscular. Nesse caso, foi aplicado o diagnóstico terapêutico, com a avaliação da melhora clínica pós tratamento com esteroides em dose alta. A Meningite Arterite Responsiva a Esteroides apresenta prognóstico favorável e indica-se um tratamento de cerca de 6 meses, com redução gradual da dose de esteroides baseada nas avaliações da clínica, do líquor e dos valores séricos de proteína C-reativa. Logo, percebe-se que a paciente citada é um caso atípico, apesar de se enquadrar no padrão racial predisponente, ela não está na faixa etária mais comumente acometida, apresentando nesses casos um prognóstico reservado com prolongamento no tratamento e maiores chances de recidivas da doença.
Palavras-chave Doença imunomediada, hiperestesia, MARE
Forma de apresentação..... Painel
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