Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12513

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa PIBITI/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Karyna da Silva Menezes
Orientador CLAUDIO MUDADU SILVA
Outros membros Daiane Cristina Diniz Caldeira, Jhennifer Cristina Vieira
Título Tratamento e reuso de efluente de fábrica de polpa celulósica termomecânica
Resumo A indústria de polpa celulósica representa um importante segmento na economia mundial. Demanda um alto consumo de água e geração de efluentes. A adoção de tratamento terciário via separação por membranas de nanofiltração pode constituir uma alternativa para viabilizar o reciclo do efluente tratado no processo fabril. Uma fábrica brasileira de polpa termomecânica (TMP) está prevendo a instalação de um novo processo de branqueamento, o que modificará as características quali-quantitativas dos seus efluentes. Essa modificação demandará a construção de uma nova Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a nova ETE composta por flotação, seguida por reator anaeróbio (UASB), e em série por um processo de lodos ativados (LA) e filtração com membranas poliméricas. Ainda, buscou-se verificar a possibilidade de retorno e uso dos efluentes tratados no processo industrial. Realizou-se um balanço hídrico da fábrica de polpa celulósica TMP para determinação dos setores de maior consumo de água e também para avaliação da possibilidade de uso do efluente tratado. Avaliou-se a qualidade do produto final partir de ensaios laboratoriais de branqueamento medindo-se a alvura e a reversão de alvura com o reciclo de 50, 75 e 100% do efluente tratado. Produziu-se, em simulação laboratorial, o efluente futuro da fábrica, considerando a implantação do novo processo de branqueamento com um estágio de peróxido de hidrogênio. A sequência de tratamento do efluente futuro foi realizada em escala laboratorial. Na flotação foi utilizado o coagulante policloreto de alumínio (PAC). O tempo de detenção hidráulico no reator UASB foi de 18 h, com alimentação de fluxo contínuo. O processo de lodos ativados foi operado em um reator sequencial em batelada com um ciclo de 24 h. A membrana utilizada foi de nanofiltração (NF) tubular, da empresa PCI - AFC30. No efluente da entrada e saída de cada tratamento houve monitoramento da DQO solúvel, DBO5, cor, pH, turbidez e condutividade elétrica (CE), durante todo o experimento. A sequência de tratamento adotada promoveu uma eficiência de remoção de 99,2% de DQOs, 99,8% de DBO5, 99,9% de cor e 99,9% de turbidez do efluente. A CE diminuiu em 15%. O pH de saída se manteve próximo ao neutro. O sistema integrado proposto se mostrou bastante eficiente. De acordo com o balanço hídrico da fábrica, o setor que apresentou o maior consumo de água e a consequente a maior geração de efluentes foi o branqueamento. Assim, utilizou-se o efluente tratado no setor de branqueamento da polpa. A qualidade da polpa não foi alterada conforme o teste laboratorial de alvura e reversão de alvura, mesmo com o uso de 100% do efluente tratado. A partir da sequência de tratamento proposta, seria possível o uso de sua totalidade, tornando concebível uma fábrica com um mínimo consumo de água.
Palavras-chave tratamento de efluente, indústria de polpa celulósica termomecânica, balanço hídrico
Forma de apresentação..... Painel
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