Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12509

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Daniela Rezende Moreira
Orientador BRUNNELLA ALCANTARA CHAGAS DE FREITAS
Outros membros Emanuelle Emília Ferreira Parreiras, Luiz Felipe Goncalves de Figueiredo, TATIANE CRISTINA SERAFIM
Título Perfil alimentar de lactentes prematuros atendidos por um serviço de atenção secundária
Resumo Introdução: as práticas adequadas de aleitamento materno e introdução da alimentação complementar são primordiais especialmente na saúde de lactentes prematuros devido ao maior risco de restrição de crescimento pós-natal, alta demanda de nutrientes e à imaturidade de seus órgãos. Objetivo: analisar as taxas de aleitamento materno, uso de leite de vaca e inadequações alimentares de lactentes prematuros no segundo semestre de Idade Gestacional Corrigida (IGC), comparando-as em dois momentos. Métodos: estudo de coorte não concorrente, com análise documental em prontuários de lactentes prematuros acompanhados em serviço de saúde de referência secundária no município de Viçosa-MG, entre setembro de 2010 e maio de 2018. Descreveram-se os dados sociodemográficos e perinatais. Analisaram-se o tipo de aleitamento, erro alimentar e uso de leite de vaca em dois momentos: 6 meses (compreendendo prematuros entre 4 e 6 meses de IGC) e 12 meses (entre 10 e 12 meses de IGC). Utilizou-se o teste de McNemar para análise comparativa entre a IGC de 6 meses e 12 meses. Consideraram-se significantes valores de p < 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Viçosa (CAAE: 19676613.5.0000.5153). Resultados: foram pesquisados 273 prontuários e, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, a população de estudo contou com 118 (43,2%). Observou-se renda familiar inferior a dois salários mínimos em 46,6% dos casos, baixa escolaridade em 43,7% das mães e que 47,4% delas trabalhavam fora. Nasceram com peso inferior a 1500g, 25,9% dos prematuros, e, com peso maior ou igual a 1.500g, 74,1%. A idade gestacional foi inferior a 32 semanas em 23,7% e, com com 32 semanas ou mais, em 76,3%. Ao se comparar os prematuros aos 6 e 12 meses de IGC, observou-se a redução da prevalência de aleitamento materno (48,3% vs. 36,4%, p=0,001) acompanhada do aumento da frequência de alimentação artificial (51,7% vs. 63,6%, p=0,001). As prevalências de erro alimentar não mostraram diferenças entre os dois momentos (26,3% vs. 27,1%, p=1,000), porém, as taxas de uso de leite de vaca se elevaram aos 12 meses de IGC (11,0% vs. 23,6%, p<0,001). Conclusão: são expressivas as baixas taxas de aleitamento materno, a utilização do leite de vaca e as inadequações da alimentação complementar em uma população de prematuros cujas famílias apresentam baixa escolaridade e baixa renda. Desta forma, é premente o acompanhamento de saúde destes prematuros em todos os níveis de atenção, especialmente no primeiro ano de vida, com profissionais capacitados para melhores resultados quanto a duração do aleitamento materno e oferta da introdução da alimentação complementar saudável.
Palavras-chave prematuridade, síndrome metabólica, alimentação infantil
Forma de apresentação..... Painel
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