Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12481

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Alaor Reis Filho
Orientador ISABELA FERREIRA DE CASTRO
Outros membros Daniela Rezende Moreira, SILVIA ALMEIDA CARDOSO
Título A população trans e suas demandas na saúde – Uma revisão de literatura
Resumo No cenário atual, as crescentes discussões sobre os direitos das minorias têm ganhado repercussão mundial, em especial as pessoas transgêneros (trans). Englobados na sigla LGBTQ+, eles são definidos como indivíduos cujo gênero não condiz com o sexo atribuído ao nascimento. Por se tratar de um conceito recente e incompreensível por parte da população, essa questão ainda carrega estigmas, inclusive no âmbito da saúde. A 10ª Classificação Internacional de Doenças (CID10), vigente até 2018, incluía indivíduos trans como aqueles que sofriam de Transtorno de Identidade de Gênero, enquanto que a 5ª, e última, edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) como Disforia de Gênero. Essa abordagem sobre a transexualidade vem passando por reformas devido à melhoria na compreensão do assunto e, principalmente em razão da discriminação sofrida por essa população, seja ela social, familiar ou mesmo no ambiente de trabalho. Estudos mostram que os índices ansiedade, depressão e suicídio são maiores nesse grupo em relação à população geral e apesar disso é pouco assistido pelos programas governamentais de acessibilidade à saúde. O presente trabalho, em vista desse quadro, deve como objetivo traçar as demandas e as experiências da população trans dentro da saúde a partir de uma busca na literatura. A investigação foi realizada na plataforma Periódicos CAPES, no período de 8 a 12 de abril de 2019, por dois revisores, de modo independente, tendo um terceiro para critério de desempate, se houvesse. Os termos utilizados foram Transgender People, Health Service Need and Demand, Humans, Public health, Gender Identity, Medicine, Humans rights. Os critérios de inclusão exigiram artigos que abordassem apenas a população trans, excluindo aqueles com foco no grupo LGBTQ+, e com enfoque no acesso à saúde, sendo afastados questões especificas, como HIV. Do total de 935 trabalhos filtrados na busca, 9 foram selecionados para leitura na íntegra. Os resultados mostraram que indivíduos trans postergam a ida aos serviços de saúde com medo de sofrerem algum tipo de hostilidade, em especial os ofertados na rede pública, preferindo pagarem pelas consultas. Além disso, foi recorrente a queixa de despreparo dos profissionais na abordagem desses pacientes, seja no acolhimento, desrespeito ao nome social (garantido por lei no Brasil), até nas suas demandas, como prescrição de hormônios, encaminhamento à cirurgia de resignação. O estudo concluiu que o receio da discriminação unido à falta de preparo dos profissionais, cria uma situação de marginalização e risco à saúde dos indivíduos trans, uma vez que a auto-medicação se torna presente. A escassez de estudos que debatem o acesso dos transgêneros à saúde exige maiores investigações com o propósito de garantir melhor qualidade de atendimento a esse grupo.
Palavras-chave Acesso à saúde, Transexualidade, Políticas públicas.
Forma de apresentação..... Painel
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