Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12479

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Mariana Itagiba Vaccarini
Orientador LISSANDRO GONCALVES CONCEICAO
Outros membros EVANDRO SILVA FAVARATO, Gabriela Castro Lopes Evangelista, Isabele Lima Pereira, Natália Brioschi Andreão
Título Cistite Enfisematosa Canina
Resumo A cistite enfisematosa é uma afecção rara em cães, resultante de infecção bacteriana na vesícula urinária com consequente produção e acúmulo de gás na parede, lúmen e/ou ligamentos vesicais. Possuindo diversas causas ou associações patológicas, o diabete melito é referido como uma das comorbidades mais citadas. Os pacientes acometidos podem apresentar-se assintomáticos ou exibir hematúria, estrangúria, disúria e/ou polaciúria. O diagnóstico é realizado por meio de radiografia, ultrassonografia abdominal e tomografia computadorizada. Nesses casos recomenda-se realização de urocultura e antibiograma e aqui as bactérias usualmente encontradas são Escherichia coli, Enterococcus spp., Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, Actinomyces spp e Streptococcus canis. Objetiva-se relatar o caso de um cão macho, raça Pastor Branco Suíço de 10 anos, inteiro, com a queixa de hematúria recorrente. Ao exame hematológico evidenciou-se discreta anemia regenerativa e na urinálise, a proteinúria, hematúria e a intensa bacteriúria foram os principais achados. Ao exame ultrassonográfico constatou-se vesícula urinária parcialmente visualizada devido à grande quantidade de gás intraluminal e prostatomegalia. O exame radiográfico simples confirmou presença de gás intravesical localizado na parede da bexiga urinária. A avaliação clínica e laboratorial complementar não evidenciou nenhum indício de comorbidade associada ao quadro. O exame de urocultura isolou Klebsiella sp. sensível a vários fármacos: moxifloxacina, ciprofloxacina, amoxicilina com ácido clavulânico, ampicilina, aztronam, ceftriaxona, enrofloxacina, doxicilina, florfenicol, imipenem, levofloxacina, meropenem, norfloxacina e sulfa-trimetroprim. Dessa forma, instituiu-se tratamento com amoxicilina com ácido clavulânico, 23 mg/kg, a cada 12h, por 8 semanas. Após 15 dias, o paciente apresentou melhora quantitativa na produção de gás e novo cultivo da urina evidenciou a presença de Streptococcus canis, também sensível à amoxicilina com ácido clavulânico. A antibioticoterapia foi continuada por mais 8 semanas. Após este período, o paciente apresentou melhora clínica, não mais se constatou alterações na vesícula urinária nos exames de imagem e o paciente recebeu alta clínica. Acredita-se que pacientes que não apresentam fatores predisponentes ou comorbidades (urolitíase, neoplasias, divertículo urinário ou cistite crônica), a albumina urinária poderia agir como substrato para a multiplicação de patógenos produtores de gás podendo estar associado ou não à redução da resposta imunológica do hospedeiro por comprometimento vascular. Ressalta-se que o tratamento iniciado precocemente é importante para reduzir as graves complicações que podem vir associadas à essa doença, como pielonefrite enfisematosa, necrose e ruptura da bexiga e choque séptico.
Palavras-chave cistite bacteriana, diagnóstico, tratamento
Forma de apresentação..... Painel
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