Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12469

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Sociais Aplicadas
Setor Departamento de Administração e Contabilidade
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Rodrigo Lelis de Freitas
Orientador ALAN FERREIRA DE FREITAS
Outros membros ALAIR FERREIRA DE FREITAS, Everton Alves Pereira, Paulo Henrique da Silva
Título Cooperativismo mineral no Brasil e na Bolívia: desvelando formas organizacionais desconhecidas
Resumo As cooperativas de garimpeiros ou cooperativas minerais compõe atualmente um dos ramos do cooperativismo de menor visibilidade. Isso é também latente no campo científico, sendo um tipo de organização marginalizada dos estudos acadêmicos que focalizam as cooperativas como objeto de análise. Consequência desta invisibilidade é a escassez de trabalhos publicados em congressos e periódicos que abordem casos de cooperativas na mineração ou no garimpo. Mais restrito ainda são trabalhos que abordem a forma de governança ou o modelo organizacional dessas organizações. Então fica o questionamento de como essas cooperativas são constituídas e funcionam? Essa pergunta é sintomática. Frente a essa lacuna, este trabalho pretende contribuir com o campo de pesquisa do cooperativismo trazendo elementos de discussão que ajudem a consolidar conhecimentos para interpretar esse modelo organizacional que ainda parece ser uma incógnita. A literatura sobre essas organizações, seus desafios e seus modelos organizacionais é extremamente reduzida e limitada, e ainda não permite estruturar leituras sobre a realidade desse ramo. Este trabalho é um estudo bibliográfico descritivo, que sistematiza resultados dos poucos trabalhos atualmente disponíveis sobre as cooperativas minerais no Brasil e na Bolívia. Os trabalhos foram analisados tomando como referência os resultados dos casos empíricos. Na Bolívia existem consideravelmente mais trabalhos científicos publicados sobre o cooperativismo mineral do que no Brasil. No Brasil, encontramos apenas duas dissertações que tratavam de casos específicos e artigos que em sua maioria usam os casos de cooperativas, mas abordavam apenas o trabalho técnico da atividade mineral e não a forma de organização. Na Bolívia foi possível encontrar dois trabalhos mais densos que apontam sobre o modelo de organização, com destaque para o trabalho de Michard (2008). Como forma de estabelecer uma análise comparativa foram criadas categorias de análise, sendo: Legislação setorial, Requisitos pré-constitutivos, Responsabilidade dos cooperados, Capital Social e fundos obrigatórios, Estrutura de Gestão, deliberação e fiscalização e por fim, os desafios e as contradições. A partir das análises, o primeiro ponto conclusivo é que as cooperativas minerais cumprem um papel social importante e que há as diferenças assumidas em cada um dos países em relação ao cooperativismo no garimpo estão relacionadas ao contexto social, a trajetória histórica da mineração nos dois países e ao aparato legal e institucional. Ambos os casos mostraram como o Estado tem incentivado o cooperativismo mineral como alternativa a informalidade e à ilegalidade no trabalho mineral e sinalizam a possibilidade de uma apropriação indevida da forma organizacional. Por fim, se concluí que a necessidade de gerenciar os passivos ambientais é uma característica distintiva dessas organizações, sendo também um desafio fazer a gestão ambiental atrelada à gestão social e a gestão econômica.
Palavras-chave Cooperativismo, Mineral, Gestão
Forma de apresentação..... Oral
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