Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12448

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Wesley Santos Dornellas
Orientador ANDREA PACHECO BATISTA BORGES
Outros membros FABIANA AZEVEDO VOORWALD, Francisco José Sayão Lobato Brum de Barros, Juliana Seneme Gomes, Maria de Fátima Cotta da Silva
Título Enterotomia para tratamento de corpo estranho perfurante e linear em cão - relato de caso
Resumo A ocorrência de ingestão de corpos estranhos é comum na rotina veterinária de cães e gatos, acometendo principalmente pacientes jovens, que ingerem objetos impactantes, perfurantes ou lineares, resultando em obstrução ou perfuração do trato gastrointestinal. Anorexia, disfagia, odinofagia, regurgitação, emese, dispneia, inquietação e letargia são sinais clínicos passíveis de serem observados. O diagnóstico é confirmado por ultrassonografia e radiografia abdominal. Objetiva-se relatar o caso de um cão, raça Blue Heller, um ano de idade, atendido no Hospital Veterinário da UFV, com histórico de ingestão de corpo estranho perfurante e linear – anzol de pesca com linha nylon, há 24 horas. Realizou-se exames hematológicos que evidenciaram trombocitopenia, aumento de ALT, GGT, hiperalbuminemia, hipoglobulinemia e hiperglicemia. Ao exame radiográfico, observou-se objeto metálico de 3,5cm x 1,5cm em região mesogástrica, mas não foi possível determinar localização correta em trato gastrointestinal. Optou-se por realizar endoscopia, porém o objeto não foi localizado em região gástrica e, o paciente foi encaminhado para procedimento cirúrgico emergencial. Realizou-se celiotomia exploratória por meio de incisão retro-umbilical e as alças intestinais foram exploradas. O objeto foi localizado em porção final de duodeno, sem evidências de perfuração ou plissamento de alça intestinal. Procedeu-se incisão na borda antimesentérica, nas camadas serosa, muscular, submucosa e mucosa, permitindo a remoção do anzol e da linha. A enterorrafia foi realizada com pontos simples interrompidos fio poliglecaprone 3-0, englobando camada serosa, muscular e submucosa. Procedeu-se lavagem das alças intestinais manipuladas durante o procedimento e omentalização da enterorrafia. Realizou-se oclusão da cavidade abdominal por meio de miorrafia, redução do subcutâneo e dermorrafia. Recomendou-se jejum líquido e sólido por 24 horas, seguidas de instituição de água e dieta de fácil digestão (pastosa) por 72 horas e reintrodução gradual de dieta sólida. Prescreveu-se tramadol meloxicam, dipirona, amoxicilina com ácido clavulânico e metronidazol. CE que produzem complicações graves ao paciente incluem os perfurantes como ossos, agulhas e anzóis, que resultam em perfuração gástrica ou intestinal, peritonite e sepse; CE impactantes como plástico, pedras, areia, tecidos e pêlos, que resultam em obstrução, comprometimento vascular, isquemia, necrose, ruptura, peritonite e sepse e; CE lineares como linhas, fios e cabelos, os quais uma extremidade se fixa em um local e o peristaltismo movimenta a extremidade livre, resultando em pregueamento das alças, lesão das camadas intestinais, ruptura, peritonite e sepse. Portanto, o rápido diagnóstico e instituição precoce do tratamento são fundamentais para a melhor recuperação e prognóstico do paciente.
Palavras-chave Enterotomia, corpo estranho, cão
Forma de apresentação..... Oral
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