Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12425

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Fitopatologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Ana Carolina Lopes Eloi
Orientador JORGE LUIS BADEL PACHECO
Outros membros ACELINO COUTO ALFENAS, Lúcio Mauro da Silva Guimarães, Yane Fernandes Neves
Título Variabilidade patogênica de Xanthomonas axonopodis, agente causal da mancha bacteriana do eucalipto
Resumo A mancha bacteriana do eucalipto (MBE) causada por Xanthomonas axonopodis tem se destacado como uma importante doença do eucalipto (Eucalyptus spp.). Além das manchas nas folhas, X. axonopodis induz a desfolha precoce das mudas no viveiro ou de plantas jovens no campo. Estudos filogenéticos recentes sugerem que os isolados de Xa que infectam o eucalipto no Brasil não formam um único patovar, sendo agrupados em vários clados, cada um deles filogeneticamente próximo a diferentes patovares/espécies de Xanthomonas. Assim, este trabalho busca elucidar a relação de Xa do eucalipto com outros hospedeiros de diferentes patovares de Xa ou espécies de Xanthomonas. Para isso, sete isolados de Xa obtidos do eucalipto, pertencentes a diferentes clados, foram inoculados em plantas hospedeiras dos outros patovares. Plantas de tomateiro (Solanum lycopersicum) cv. Santa Cruz Kada, feijoeiro (Phaseolus vulgaris) cv. Carioca, pimentão (Capsicum annuum) cv. Cascadura Ikeda e mamoneira (Ricinus communis) cv. BRS Energia foram cultivadas em condições controladas de acordo com suas respectivas exigências agronômicas. Entre 20 e 30 dias após a semeadura do tomate, feijão e mamona e 105 dias do pimentão, as plantas foram inoculadas por pulverização com suspensões bacterianas padronizadas na OD600 = 0,25. Com exceção do pimentão, as plantas foram mantidas em câmara úmida por 24 h antes e após a inoculação. Como controle positivo foram utilizados os patovares de X. axonopodis: phaseoli (Xap) e sua variante fuscans (Xapf) para feijoeiro; ricini (Xar) para mamoneira; e as espécies X. vesicatoria (Xv), X. perforans (Xp), e X. euvesicatoria (Xe), para o tomateiro e pimentão. Os experimentos foram realizados duas vezes, em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Adicionalmente, plantas de eucalipto do clone CLR375, susceptível à MBE, foram inoculadas com os mesmos isolados. Entre 18 e 20 dias após a inoculação as plantas foram avaliadas quanto à presença de lesões nas folhas. Folhas sintomáticas foram submetidas a testes de exsudação em gota e isolamento bacteriano. Os isolados que promoveram a formação de lesões foliares, exsudação bacteriana em tecido sintomático e foram recuperados em meio de cultura pura a partir das folhas inoculadas, foram considerados patogênicos à espécie de planta inoculada. Nas condições testadas, nenhum dos isolados de Xa do eucalipto foi capaz de infectar plantas de pimentão. Entretanto, sete isolados infectaram o tomate, seis infectaram o feijão e quatro infectaram a mamona. O patovar Xap e sua variante Xapf foram os únicos incapazes de infectar eucalipto. Esses resultados demostram uma alta variabilidade patogênica entre os isolados de Xa que infectam o eucalipto quanto à sua gama de hospedeiros, além da susceptibilidade do eucalipto a diferentes patovares de Xa e a outras espécies de Xanthomonas.
Palavras-chave Eucalytus, Gama de hospedeiros, Patovar
Forma de apresentação..... Oral
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