Outros membros |
Alice Cristina de Sampaio e Silva, Enzo Raggio Del Cima, Glauco Luis do Nascimento Martins, Heriane Evangelista da Silva, Isabela Pereira da Silva Bento, Iury Dias de Oliveira, Letícia Carlesso de Paula Sena, Mirelly Jady Fernandes e Silva |
Resumo |
As universidades carregam consigo um compromisso social de transformar a realidade local e, as atividades de extensão podem ajudar a socializar e disponibilizar o conhecimento através da promoção de um diálogo constante com a comunidade e a fomentação de ações socio-educativas que priorizam a superação das desigualdades. Seguindo essa lógica, o presente trabalho descreve uma atividade de extensão realizada pelo Programa de Educação Tutorial da Biologia da Universidade Federal de Viçosa, cujo objetivo foi despertar o interesse dos alunos para a ciência, aproximando-os do ambiente acadêmico e dos recursos de que este dispõe. A atividade foi realizada com alunos do Ensino Médio da Escola Estadual José de Assis Pinto, do município de São Miguel do Anta/MG. Estes alunos fizeram uma visita à UFV para participarem de duas atividades práticas que abordavam os temas: Células e estruturas celulares e diversidade e evolução das plantas, respectivamente. A primeira atividade ocorreu no Laboratório de Biologia Celular do Departamento de Biologia Geral e envolveu a observação de células da mucosa oral (para visualização do formato celular, núcleo e citoplasma), células da epiderme de Tradescantia (para visualização de cloroplastos, parede celular e estômatos) e uma lâmina contendo um esmagamento de células de raiz de cebola (para análise das fases da mitose). Nesta atividade, cada aluno aprendeu e pode manusear um microscópio óptico e fazer suas próprias lâminas. A segunda atividade ocorreu na casa do PET e, os alunos tiveram a oportunidade de coletar espécimes vegetais de diferentes grupos e, com a utilização de estereomicroscópios (lupas), puderam analisar os caracteres morfológicos e reprodutivos que caracterizam e distinguem cada um destes grupos, bem como elaborar hipóteses sobre a ordem evolutiva dos grupos de plantas analisados. A participação ativa dos alunos permitiu a aproximação dos mesmos do método científico, de seus instrumentos e do ambiente acadêmico. Através de um questionário qualitativo aplicado aos alunos, detectou-se que a maioria deles nunca tinha utilizado microscópios e lupas e nem visitado Laboratórios e/ou outros espaços de uma Universidade. Portanto, mais do que a promoção de conhecimentos sobre temas específicos, considera-se que essa visita educativa cumpriu seu papel sócio-educativo e que, na prática, a extensão universitária configura-se como uma ferramenta de transformação social, encurtando as distâncias existentes entre escola-Universidade. A realização dessa visita também proporcionou experiências importantes para a formação acadêmica dos petianos, pois, contribuiu para o desenvolvimento de sua oratória e a postura, preparando-os para o exercício profissional. Ao mesmo tempo, o contato com a realidade dos alunos da referida escola permitiu uma reflexão sobre as diferentes realidades escolares e sobre a apropriação de conhecimentos, o que também contribui para a formação profissional dos petianos. |