Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12389

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia/Tecnologia
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Matheus Italo Bomfim Aragão
Orientador MONIQUE RENON ELLER
Outros membros Valdeir Viana Freitas, Wilton Soares Cardoso
Título PROCESSO BIOTECNOLÓGICO PARA OBTENÇÃO DE CAFÉ ARÁBICA (Coffea arabica) BEBIDA FINA
Resumo INTRODUÇÃO: As características químicas que ditam a qualidade dos grãos de café (Coffea sp.) são influenciadas pelo tipo de fermentação e microbiota presente durante o processamento dos grãos. Além da microbiota endógena, há a possibilidade de acréscimo de culturas iniciadoras aos grãos durante o desenvolvimento da etapa fermentativa OBJETIVO: Analisar a influência do uso da levedura Saccharomyces cerevisiae JP14 e da bactéria lática Pediococcus acidilactici CCT 162 como culturas iniciadoras sobre a qualidade do café arábica (Coffea arabica). MATERIAS E MÉTODOS Os grãos foram obtidos em propriedades das cidades de Afonso Cláudio e Venda Nova do Imigrante, no Estado do Espirito Santo, e colhidos nas altitudes de 900 e 1200 m, respectivamente. Para o processo fermentativo utilizou-se 10 kg de café descascado, 10 kg de cascas e 1,5 L de água (Fermentação espontânea - FN), acrescidos de 0,12 g/mL de extrato de malte (fonte de enzimas) e a levedura S. cerevisiae JP14 a 2,6 x 107 UFC/mL(FML) ou da bactéria P. acidilactici CCT 162 a 2,6 x 107 UFC/mL (FBL). Durante o processo fermentativo, alíquotas de 5 mL do mosto foram retiradas nos tempos de 0, 3, 6, 12 e 24 h para contagem de microrganismos mesófilos e leveduras. Ao final do processo (24 h) os grãos foram torrados e sua composição química foi analisada por cromatografia líquida de alta eficiência. Por fim, os grãos foram moídos e a bebida resultante foi submetida a análise sensorial para impressão global com base na escala hedônica. RESULTADOS: A contagem de mesófilos aeróbicos foi superior à de leveduras exceto no tratamento FBL, independentemente da propriedade de origem ou altitude (p<0,05). Os grãos torrados apresentaram concentração de ácido cítrico entre 3,09 a 5,89 g/kg, independentemente do tratamento, e teores médios de glicose entre 1,81 a 1,82 g/kg, com exceção do tratamento FML a 900 m, que apresentou 0,994 g/kg. Etanol e os ácido málico, propanoico e succínico não foram detectados. É possível que esses compostos voláteis, possíveis produtos da fermentação, tenham evaporado da amostra durante a secagem e torra dos grãos. A bebida produzida a partir do café acrescido da bactéria lática (FBL) obteve maior aceitabilidade, obtendo escore 7,97 para gostei moderadamente e 7,86 para gostei muito. CONCLUSÃO: A adição da bactéria lática P. acidilactici CCT 1622 durante o processamento por via úmida do café arábica gerou bebidas com melhor aceitação sensorial, indicando que o emprego desse tipo de microrganismo possui potencial para a geração de bebida fina e agregação de valor a esse produto.
Palavras-chave Biotecnologia, Microbiologia, Fermentação
Forma de apresentação..... Oral
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