Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12382

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Cesar Augusto Dias Nascimento
Orientador RAUL NARCISO CARVALHO GUEDES
Outros membros Silverio de Oliveira Campos
Título Antibióticos no controle de mosca-branca (Bemisia tabaci )?
Resumo Insetos que se alimentam de floema, como a mosca-branca, sempre possuem simbiontes bacterianos obrigatórios. Além disso, esses insetos podem ter simbiontes secundários facultativos, que têm efeitos sobre características importantes dos hospedeiros. Existem estudos que indicam que alguns simbiontes podem ter papéis na termotolerância do hospedeiro, suscetibilidade a inseticidas e resistência do hospedeiro contra inimigos naturais. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi verificar como esses simbiontes podem interferir no controle da mosca-branca. Foram utilizados insetos adultos (1-3 dias) não sexados de uma população suscetível de laboratório. A exposição aos antibióticos foi realizada através de ingestão, sendo adicionado os antibióticos casugamicina (0,06 g/L e 0,12 g/L) e rifampicina (0.03 g/L), a uma dieta composta por 30% de sacarose mais 5 mmol/L de tampão fosfato (pH 7,2) e água deionizada. Os insetos foram inseridos em tubos de acrílico (26mm diâmetro x 60mm altura) fechados com parafilme e fornecido 0,1mL da dieta contendo ou não antibiótico durante 48 horas. Os insetos expostos antibiótico foram transferidos para frascos de vidros (25mm diâmetro x 85mm altura) contendo discos foliar de feijão-de-porco tratados com inseticida (acetamiprido) na concentração recomendada e o controle para cada antibiótico com água deionizada sobre 1 ml de ágar-água (1%), compondo oito tratamentos e um controle, com cinco repetições e vinte insetos por repetição. As avaliações da sobrevivência ao longo do tempo ocorreram nos intervalos de 0,5; 1; 3 e 6 horas iniciais e mantidas intervalos de avaliações 6 horas durante 3 dias. Os dados do bioensaios foram submetidos ao teste Log-Rank, e as comparações das curvas foram testadas usando o método de Bonferroni. As análises de sobrevivência dos insetos expostos previamente aos antibióticos e inseticida indicaram diferenças significativas entre os tratamentos (teste Log-rank: χ2 = 843,9, df = 7, P <0,001). Insetos expostos previamente aos antibióticos casugamicina (0.12g/L) e rifampicina previamente ao inseticidas atingiram a eficiência de controle com 24 horas (mortalidade > 80%). Já para os indivíduos expostos casugamicina (0.06g/L) e sem rifampicina, a eficiência máxima foi atingida após 42 horas. Os tempos médios de sobrevivência (LT50) da mosca-branca foram, respectivamente, 3 e 6 h para os insetos tratados com casugamicina (0.12g/L) e rifampicina e 18 h para ambos casugamicina (0.06g/L) e sem antibiótico; os antibióticos isolados não alteraram a sobrevivência em relação ao controle. Assim, conclui-se que o uso dos antibióticos casugamicina (0.12g/L) e rifampicina ocasionaram maior velocidade da mortalidade da mosca branca quando tratadas previamente ao uso do inseticida, já a concentração de campo casugamicina (0.06g/L) não alterou o tempo de sobrevivência do inseto com o inseticida; os antibióticos isolados não alteram o tempo de sobrevivência da mosca-branca.
Palavras-chave Simbiontes, antibióticos, mosca-branca
Forma de apresentação..... Oral
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