Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12379

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Abigail Brandão Barroso
Orientador CERES MATTOS DELLA LUCIA
Outros membros Augusto César Fonseca Sobreira, HELENA MARIA PINHEIRO SANT ANA, Soraia Silva Pinheiro
Título Sementes, farinhas e preparações à base de sementes de uva: Caracterização nutricional e compostos bioativos
Resumo INTRODUÇÃO: A uva é utilizada como ingrediente em diferentes produtos, gerando resíduos que, muitas vezes, não possuem destino adequado. Uma vez que o desperdício de alimentos no Brasil é elevado, constituindo cerca de 40% de toda a sua produção, o aproveitamento integral deve ser estimulado, com vistas ao aumento do valor nutricional da dieta. OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi desenvolver preparações à base de farinha e óleo de sementes de uva; avaliar sua aceitação e a ocorrência e concentração de vitamina E (α, β, γ e δ-tocoferois e tocotrienois) nos produtos desenvolvidos, comparando-os com os produtos tradicionais equivalentes. METODOLOGIA: A farinha e o óleo de sementes de uva da variedade Bordô foram adquiridos da empresa Econatura, de Garibaldi-RS. Para obtenção da farinha e do óleo, as uvas foram prensadas e o bagaço foi peneirado para separação de cascas e sementes. Em seguida, elas foram secas a 65°C, até atingirem umidade < 10%,para estocagem. As sementes também foram prensadas, para extração do óleo, e moídas para serem embaladas. Os produtos foram armazenados em freezer a -18°C, até o desenvolvimento das preparações teste (barra de cereal, cookie e pão). Preparações controle, contendo farinha de trigo e óleo de soja, também foram elaboradas, para comparação. A análise sensorial ocorreu no Departamento de Nutrição-UFV e contou com uma média de 60 provadores não treinados. Foram avaliados os atributos: aparência, aroma, textura, sabor e impressão global O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (2.706.379). As análises de vitamina E foram realizadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), com detecção por fluorescência. RESULTADOS: As amostras teste apresentaram médias de aceitação entre 6,12 e 7,53 para os atributos avaliados, localizando se entre os termos “gostei ligeiramente”e “gostei muito”, não diferindo significativamente das amostras controle. A concentração de vitamina E total foi maior no pão teste (3618,71±329,57µg/100g). O α-tocoferol se destacou no cookie controle (529,86 ± 44,26 µg/100g); α-tocotrienol se destacou no pão teste (2694,06 ± 30,08 µg/100 g). O β-tocotrienol apresentou maior concentração no pão controle (636,31±51,07 µg/100g). O γ-tocotrienol se destacou no cookie controle (1525,18±103,88 µg/100g). CONCLUSÃO: As preparações teste apresentaram boa aceitação, sem diferenças significativas em relação aos controles. O β-tocotrienol apresentou maior concentração nas amostras controle, comparado às amostras teste. A vitamina E total apresentou maiores concentrações nos produtos teste. Portanto, a substituição da farinha e do óleo de sementes de uva mostrou-se eficiente na preparação de produtos de panificação, que foram bem aceitos sensorialmente e mostraram elevadas concentrações de vitamina E total, o que pode ser considerado um diferencial, visto que a vitamina E é um importante antioxidante e oferece benefícios para saúde humana.
Palavras-chave Análise sensorial, CLAE, Resíduos
Forma de apresentação..... Oral
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