Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12376

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Nathalia Silva Oliveira
Orientador ANDRE PEREIRA ROSA
Outros membros Antonella Araujo de Almeida, Izabelle de Paula Sousa, Juciara Oliveira Lopes
Título Estudo da produção de biogás por meio de balanço de massa em biodigestores anaeróbios
Resumo A produção e exportação de carne suína é uma atividade de suma importância para o agronegócio brasileiro. Em Minas gerais, especialmente na Zona da Mata, a produção intensiva de suínos produz elevado volume de dejetos, o qual possui alto potencial poluidor. Por sua vez, esses dejetos podem ser tratados por meio da digestão anaeróbia, sendo a geração de eletricidade a partir da recuperação do biogás de biodigestores uma alternativa de interesse. Neste sentido, o presente trabalho objetivou avaliar a produção de biogás por meio de balanço de massa em uma suinocultura localizada no município de Teixeiras, Minas Gerais. A granja apresenta ciclo completo, com vazão de dejetos de 110 m³.d-¹, os quais são direcionados para dois biodigestores modelo lagoa coberta (BLC), operados em paralelo, com capacidade volumétrica de 1250 m³ cada. Em termos de qualidade de efluentes, semanalmente foram realizadas análises de demanda química de oxigênio (DQO) para o afluente e efluente dos biodigestores e análise de Sólidos Totais no lodo coletado na base dos biodigestores. Em adição, a temperatura no interior dos biodigestores foi monitorada por sensores. O período de monitoramento compreendeu de agosto a dezembro de 2018. O afluente dos biodigestores apresentou concentração média de 2.215 kg DQO d-¹ e de 850 kg DQO d-¹ para o efluente, com produção média de biogás estimada em 207 m³ d-¹. Em relação a rota de degradação, 60% da DQO permaneceu no efluente e apenas 23 % foi convertida em gás metano, com produção de lodo em torno de 10%. No entanto, esses resultados divergiram das faixas típicas encontradas na literatura para reatores anaeróbios de fluxo ascendente, os quais reportam valores de conversão de DQO aplicada em metano na faixa de 50 a 70%. A baixa eficiência observada nos biodigestores pode estar associada ao tempo de detenção hidráulica (TDH), uma vez que é recomendado TDH em torno de 28 a 32 dias para esse tipo de configuração, no sistema monitorado o TDH foi estimado em 22 dias, o que pode ter sido fator limitante para as rotas de degradação da matéria orgânica, limitando o processo metanogênico. Outro fator que pode interferir na eficiência é a temperatura, a qual esteve abaixo da temperatura mesofílica recomendada (35,0 – 37,0°C), os valores observados no interior dos biodigestores variaram entre 21,0°C a 25,1°C. Adicionalmente, a baixa produção de biogás pode estar relacionada ao elevado teor de sólidos totais na alimentação do biodigestor, os quais não são separados em tratamento primário, o que pode comprometer o volume útil dos biodigestores e reduzir o TDH do sistema. Espera-se que a produção de biogás seja otimizada com maior controle operacional, separação de sólidos grosseiros em nível primário e recuperação energética do calor liberado do sistema de cogeração para a manutenção de temperaturas mais elevadas no interior dos biodigestores.
Palavras-chave Biogás, Biodigestores, Suinocultura
Forma de apresentação..... Painel
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