Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12351

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Exatas e da Terra
Setor Departamento de Educação
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Ademir Martins Lima
Orientador Juliana Boechat de Souza Paula
Outros membros Alessandra Paiva Ribeiro, Felipe Salgado Senna, Hérksson Mota Maia, Júlia Martins Soares, Lucas Rafael Bigardi, Thais Monteiro de Jesus, TOMMY FLAVIO CARDOSO WANICK LOUREIRO DE SOUSA, Uriel Laurentiz de Araujo
Título Ninhos d'água como tecnologia social agroecológica para recuperação de áreas degradadas
Resumo Diante da atual situação de degradação dos solos em várias partes do mundo, com um crescente aumento da incidência de erosões em solos mal manejados, destacando-se áreas de pastejo intensivo, tornam-se necessárias intervenções antrópicas que visem a recuperação dessas áreas através de técnicas apropriadas. Os ninhos d’água surgem como uma tecnologia social que objetiva evitar o alastre de voçorocas existentes e a recuperação das áreas já erodidas. Estes consistem de barreiras construídas dentro das voçorocas, utilizando-se materiais facilmente disponíveis (como bambus) no local, associadas ao plantio de adubos verdes e adição de calcário, esterco e cinzas, oferecendo benefícios como contenção dos sedimentos, quebra da força das enxurradas, fixação biológica de nitrogênio no solo, redução da compactação e do impacto direto das gotas de chuva no solo, aumento da porosidade, da matéria orgânica, da CTC, de microorganismos e da agregação das partículas do solo. Estes benefícios ocasionam no aumento da infiltração da água da chuva no solo e auxiliam na recuperação das áreas degradadas. O projeto “Projeto Rio Doce: Cultivando Agroecologia” é um convênio entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (SEDA) e a UFV através do Núcleo de Educação no Campo e Agroecologia (ECOA) que visa a implementação de seis Unidades de Experimentação em Agroecologia em propriedades de pequenos agricultores nas cidades de Viçosa, Cajuri, Barra Longa e Mariana. O projeto gira em torno do manejo sustentável das terras e seus recursos hídricos, subdividindo-se em quatro linhas de atuação: sistemas agroflorestais, plantio de água, quintais produtivos e manejo agroecológico da criação animal. O projeto tem como objetivo a recuperação da Bacia Hidrográfica do rio Doce através da implementação de tecnologias sociais, além de buscar o resgate, fomento e fortalecimento das práticas agroecológicas, propiciando a geração de renda e o desenvolvimento sustentável das comunidades inseridas na bacia. As tecnologias serão implantadas nas propriedades através de mutirões e além da implantação serão realizados intercâmbios agroecológicos, oficinas de capacitação e a distribuição de materiais didáticos. Estas metodologias buscam resgatar as sabedorias tradicionais e associá-las com os conhecimentos técnicos e científicos, tornando o processo de formação participativo e empoderando os participantes quanto às tecnologias sociais. Já foram realizados três intercâmbios agroecológicos até então, dois no município de Barra Longa e um no município de Cajuri. Neste foram implementados alguns ninhos d’água em áreas erodidas, além de SAFs, terraços e plantios alternativos para alimentação animal. Com a realização das atividades constatou-se a carência dos agricultores por assistência técnica e evidenciou-se a importância de se trabalhar a agroecologia através da extensão, tendo em vista que os agricultores tiveram uma boa receptividade e se contemplaram com os resultados das atividades.
Palavras-chave erosão, pasto degradado, tecnologia social
Forma de apresentação..... Painel
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