Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12350

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Linguística, Letras e Artes
Setor Departamento de Letras
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Flavia Huck Diamantino
Orientador GABRIELA DA SILVA PIRES
Título “Até que pra quem nunca jogou ela foi bem”: breves colocações a respeito da Avaliatividade nas Construções Concessivo-Comparativas retiradas da internet
Resumo O presente estudo, orientado pela professora Drª Gabriela da Silva Pires, tem como base o viés da Linguística Cognitiva e fundamentando-se nos estudos de pesquisadores como FERRARI (2011), SALOMÃO (2003) e MARTELLOTA (2017). O foco da pesquisa está nas Construções Concessivo-comparativas (CCC) que são observáveis a partir das estruturas esquemáticas “Até que para x, y”. Dentre as ocorrências possíveis, destacamos os seguintes exemplos “Nossa Mariah, até que pra quem está no começo da gravidez, vc está bem” e “Até que pra quem nunca jogou ela foi bem”. Aqui, utilizamos em nossa análise a Teoria da Avaliatividade (MARTIN & WITHE, 2005), que discorre a respeito das diferentes formas de avaliar objetos, eventos e pessoas através do uso desta estrutura, assim como as implicações gradativas presentes nesta avaliação. Nossos objetivos com o presente estudo são reconhecer e identificar, nas construções concessivo-comparativas, aspectos da avaliatividade (como Julgamento; Afeto e Apreciação) conforme proposto pelos autores já citados. Além disso, buscamos fazer uma análise das especificidades da construção quanto ao seu caráter avaliativo no uso cotidiano social. Como procedimento metodológico, foi criado um banco de dados que constitui o material de análise retirado de websites, através da ferramenta de pesquisa Google com a finalidade de analisar o contexto em que estas estruturas ocorrem. A princípio, alcançamos o total de 319 casos entre as ocorrências de “até que para quem” e “até que pra quem”. A partir daí, na etapa de refinamento metodológico, as ocorrências foram devidamente classificadas o que nos deixou com 109 ocorrências válidas para a nossa análise por se tratarem de casos onde é possível verificar a relação de correferencialidade. Em um segundo momento, os sites onde estes casos podem ser encontrados foram distinguidos de acordo com sua temática (blog, notícia, fanfiction, etc.) com a finalidade de tornar claro o contexto de uso mais recorrente desta estrutura. Até o presente momento a pesquisa vem constatando que o uso das CCCs é mais frutífero em espaços onde o produtor do discurso possa se expressar de maneira mais fluida e informal, aproximando-se da linguagem oral cotidiana, ou seja, blogs, fanfictions e espaço de comentários, quando se trata de sites com conteúdos onde o autor se expressa de maneira mais formal. No quesito da Avaliatividade, destaca-se o fato de nas CCCs haver uma tendência maior às avaliações do campo Julgamento e do Afeto. Nestes campos, a avaliação é voltada ao comportamento ou ao avaliador, respectivamente.
Palavras-chave Linguística Cognitiva, Avaliatividade, Estruturas Concessivas-comparativas
Forma de apresentação..... Painel
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