Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12325

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Matheus Aguiar Stein
Orientador BRUNA WADDINGTON DE FREITAS
Outros membros Arthur Neves Passos
Título Relação do parto distócico em égua com o surgimento de laminite.
Resumo A distocia é um evento pouco frequente em éguas, porém é uma ocorrência obstétrica de grande importância, pois pode apresentar risco à vida da égua e do feto, sendo caracterizada como caso de emergência. Além disso, os cuidados pós-parto nesses casos se mostram fundamentais para evitar a ocorrência de complicações secundárias como a laminite, em decorrência de uma endometrite que venha a levar a um quadro de toxemia e septicemia. O objetivo do presente trabalho é apresentar um estudo de caso relacionado à distocia de uma égua associada ao surgimento de laminite. Trata-se de uma égua da raça Mangalarga Marchador, de 4 anos de idade com 330kg de peso corporal. Segundo o proprietário, o animal apresentava vacinação contra raiva, encefalomielite viral equina, tétano, influenza eqüina 1 e influenza eqüina 2 e vermifugação em dia, além de nutrição balanceada conforme sua categoria.O animal deu entrada no Hospital Veterinário 12 horas após o parto de um potro morto. Segundo relatou o proprietário, a égua entrou em trabalho de parto durante a madrugada do dia 28/01/2019, mas devido ao tamanho exagerado do feto foi necessário auxílio para a retirada do mesmo, que acabou nascendo morto. Após esse evento, a égua apresentou secreção vaginal, desconforto abdominal e apatia. Durante o atendimento clínico do animal, foi realizada ultrassonografia transretal para avaliação da condição uterina, mediante a qual foi detectada a presença de líquido intrauterino. Diante desse achado, foi realizado lavado uterino com soro Ringer Lactato, até a obtenção de um recuperado líquido limpo. Além disso, foi realizada radiografia da terceira falange dos membros torácicos e pélvicos, mediante a qual foi constatado um quadro de laminite. O tratamento realizado teve como base a utilização de antibióticos e antiinflamatórios, tendo um período de duração de 14 dias, após o qual a égua recebeu alta médica. As drogas utilizadas foram Pentoxifilina (10mg/kg, BID, durante 13 dias), Flunixin Meglumine (0,25mg/kg, SID, durante 3 dias), Omeprazol (2mg/kg, SID, durante 15 dias), Firocoxib (0,3mg/kg, SID, durante 12 dias), Florfenicol (20mg/kg, 3 aplicações a cada 48h), Enrofloxacina (7,5mg/kg, SID, durante 6 dias) e colocação de ferradura de madeira (ferrageamento terapêutico). Através desse relato de caso, percebe-se como alterações reprodutivas podem ter como consequência outras doenças, como a laminite. Desse modo, o diagnóstico precoce auxilia na melhor recuperação do animal, possibilitando que o tratamento utilizado seja efetivo. A associação de antibióticos (Pentoxifilina, Florfenicol e Enrofloxacina) e antiinflamatórios (Flunixin Meglumine e Firocoxib) se mostrou eficaz na prevenção de uma possível toxemia e septicemia, juntamente com o ferrageamento terapêutico propiciaram o tratamento da laminite.
Palavras-chave Distocia, Laminite, Égua.
Forma de apresentação..... Painel
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