Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12286

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Dulcinéia Esteves Santos
Orientador PAULA DIAS BEVILACQUA
Outros membros RODRIGO ALVES BARROS
Título Avaliação do manejo sanitário e produtivo e da qualidade de leite agroecológico
Resumo Na produção leiteira há manejos que interferem na saúde do rebanho e na qualidade do leite. Para regulamentar estas práticas o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabelece critérios em Instruções Normativas (IN). O estudo avaliou o manejo sanitário e produtivo e parâmetros de qualidade do leite. No período de outubro a dezembro de 2018, foram realizadas visitas em 11 propriedades de agricultura familiar em transição agroecológica dos municípios de Divino e Muriaé, Minas Gerais. Para avaliação do manejo foi realizada observação participante durante a ordenha e aplicação de questionário para levantamento de informações sobre vacinação, vermifugação, controle de ectoparasitas e uso de medicamentos, número de ordenhas, tipo de alimentação, armazenamento do leite, quantidade de animais em lactação e de leite produzido e destinação do leite. Para avaliação da qualidade do leite, com base na IN no 62/2011, do MAPA, amostras de leite cru foram coletadas do latão logo após a ordenha para análises de Contagem Bacteriana Total (CBT), Composição Centesimal (gordura, proteína, lactose, extrato seco desengordurado) e Contagem de Células Somáticas (CCS). As vacas em lactação foram submetidas ao Califórnia Mastitis Test (CMT) e ao teste da caneca telada, para diagnóstico de mastite subclínica e clínica, respectivamente. O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais Universidade Federal de Viçosa (registro 75-2018). Nas propriedades, o principal tipo de alimentação para as vacas em lactação era pasto adicionado à silagem, capim picado e concentrado. Em 72,3% das propriedades eram realizadas duas ordenhas. O número de vacas em lactação variou de um a 11 animais/propriedade, totalizando 69 vacas em lactação. A produção total de leite por dia foi de 512 litros, com média de produção de 7,4 litros/vaca/dia e 46,6 litros/propriedade/dia. Em 81,8% das propriedades, o leite era vendido para laticínios. Verificou-se que todos os rebanhos eram vacinados contra raiva, 81,8% eram vacinados contra febre aftosa e 27,3% eram vacinados contra brucelose. Em relação aos medicamentos, 36,4% usavam homeopáticos e 72,3% alopáticos. Das 58 vacas em lactação submetidas aos testes, 51,7% apresentaram mastite subclínica e 1,4% mastite clínica, em pelo menos um dos quartos mamários. Sobre a qualidade do leite, 18,1% das propriedades produziam leite de acordo com os padrões de qualidade estabelecidos pelo MAPA. A CCS variou de 1,24 a 13,39 x 105 CS/ml e a CBT de 0,14 a 5,88 x 105 UFC/ml. Em sete (63,6%) propriedades, a CCS e CBT estavam abaixo do valor máximo estabelecido, e 36,3% apresentaram valores adequados em relação à composição centesimal. Duas propriedades atenderam simultaneamente todos os padrões de qualidade do leite. Os resultados apontam para a heterogeneidade nas propriedades visitadas quanto ao manejo de ordenha, número de animais, produtividade, manejo sanitário e qualidade do leite.
Palavras-chave Agricultura familiar, nutrição, sanidade.
Forma de apresentação..... Painel
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