Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12274

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Mariany Filipini de Freitas
Orientador CARLOS MOREIRA MIQUELINO ELETO TORRES
Outros membros Bruno Leão Said Schettini, Lucas Abreu Kerkoff, Maria Paula Miranda Xavier Rufino, Paulo Henrique Villanova
Título Prognose da Distribuição Diamétrica por Cadeia de Markov em uma Floresta Secundária da Mata Atlântica, no município de Viçosa-MG
Resumo A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo. Entretanto, as constantes ações antrópicas sofridas ao longo dos anos a tornaram fortemente fragmentada, o que fez com que sua biodiversidade fosse afetada. Estudos científicos voltados para a prognose da distribuição diamétrica ao longo do tempo são muito importantes para auxiliar na conservação e na dinâmica de sucessão dos fragmentos de florestas secundárias da Mata Atlântica. Desta forma, o objetivo do estudo foi prognosticar a distribuição diamétrica de um fragmento florestal por meio da cadeia de Markov. O estudo foi realizado em um fragmento de Mata Atlântica, conhecido como Mata da Silvicultura,em estágio médio de regeneração, com 17 ha, localizado na Universidade Federal de Viçosa-MG. Dez parcelas permanentes de 1000m² (20m x 50m) foram inventariadas nos anos de 2013 e 2016, onde foram coletados os dados de altura e circunferência a altura do peito (CAP) de todos os fustes com DAP ≥ 5 cm. A mortalidade e o ingresso foram contabilizados no período de monitoramento. A distribuição diamétrica foi projetada para os anos de 2016 e 2019. Para testar a significância estatística entre as distribuições diamétricas projetadas e observadas para o ano de 2016, foi utilizado o teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov (K-S), ao nível de 5% de probabilidade. A densidade observada em 2013 e 2016 foi de 1388 fustes ha-1 e de 1394 fustes ha-1, respectivamente. Já a densidade estimada para o ano de 2016 foi de 1394 fustes ha-1. A distribuição diamétrica estimada não diferiu estatisticamente dos valores observados pelo teste de Kolmogorov-Smirnov (p-valor < 0,05), comprovando a eficácia da cadeia de Markov em realizar a prognose do fragmento florestal. A partir dessa comprovação, projetou-se a distribuição diamétrica para o ano de 2019. A densidade estimada para esse ano foi, também, de 1394 fustes ha-1. No entanto, houve alterações do número de fustes nas classes diamétricas, principalmente no centro de classe de 7,5 cm, que passou de 802 fustes ha-1 para 835 fustes ha-1 devido ao ingresso de novos indivíduos. A igualdade do número de fustes ha-1 estimados para o ano de 2016 e 2019 pode ser explicada pelo curto período entre inventários florestais e pela pouca diferença de densidade entre os dados observados, uma vez que a mortalidade (200 fustes ha-1) foi próxima ao número de ingresso (206 fustes ha-1). Além disso, a presença de classes absorventes pode ter afetado a probabilidade de transição entre as classes diamétricas. Desta forma, conclui-se que o fragmento florestal continuará apresentando uma distribuição diamétrica no formato de “j-invertido”, mas com uma densidade estagnada caso não haja algum distúrbio natural (dinâmica de clareiras) ou antrópico (manejo florestal) para promover o crescimento da floresta.
Palavras-chave Dinâmica florestal, Manejo florestal, Floresta nativa
Forma de apresentação..... Painel
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