Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12272

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Erica Garcia Mafort
Orientador MARCEL FERREIRA BASTOS AVANZA
Outros membros Arthur Neves Passos, João Paulo Lara Alves, Nathalia dos Santos Rosse, Rachel de Andrade Tavares, Talita Oliveira Maciel Fontes, Thiago Augusto Teles de Souza
Título Artrite Encefalite Caprina – Relato de caso
Resumo A artrite encefalite caprina (CAE) trata-se de uma enfermidade multisistêmica causada por um Retrovírus pertencente à subfamília Lentivirinae. A principal forma de transmissão é por meio da ingestão de colostro e leite de animais infectados, ocorrendo também por via intrauterina e contato direto com secreções vaginais, respiratórias, sangue e saliva. As manifestações clínicas mais comuns são a artrite, leucoencefalomielite, pneumonia intersticial e mastite. A manifestação neurológica acomete principalmente cabritos de um a cinco meses de idade, apresentando fraqueza muscular, paresia ou ataxia dos membros posteriores, andar em círculos, cegueira, nistagmo, tremores e inclinação da cabeça. O objetivo deste resumo foi relatar uma manifestação neurológica da CAE. Uma cabra de 1 ano, da raça Parda Alpina, com 45 kg, pertencente a Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão em Caprinocultura da Universidade Federal de Viçosa (UFV), foi atendida no capril apresentando sinais neurológicos e encaminhada para o hospital veterinário da UFV. O animal havia sido encontrado apresentando alterações neurológicas e foi relatado que o animal era soropositivo para o vírus da CAE. Durante o exame físico o animal apresentou taquipneia, desidratação de 7%, estação em base ampla, nistagmo, prolapso de terceira pálpebra direita, tetraparesia, “head tilt”, sialorreia, lesão do nervo facial na região aurículo palpebral no antímero direito da face, e incoordenação da marcha. O hemograma do primeiro dia demonstrou eritrocitose relativa por desidratação (23,42x10⁶/µL VR: 8-18x10⁶ /µL), os valores de leucócitos normais, porém com inversão de linfócitos (19% - VR: 50-70%) e segmentados (68% - VR: 30-48%); e monocitose (12% - VR: 0-4%), demonstrando estar ocorrendo um processo inflamatório/infeccioso. Passados dois dias em novo hemograma, persistia a inversão de linfócitos (33%) com segmentados (66%), evidenciando a persistência do processo inflamatório/infeccioso. As suspeitas foram encefalite viral, encefalite bacteriana e polioencefalomalácia. O tratamento consistiu na hidratação parenteral com solução salina 0,9%, DMSO (0,6g/kg, SID, IV à 3% em solução salina 0,9%) por 3 dias, Dexametasona (10mg, SID, IV) por 3 dias, Tiamina (1g, SID, IV) por 3 dias, Penicilina Benzatina (22000 UI/kg, SID, IM) por 5 dias , Gentamicina (6,6mg/kg, SID, IV)por 5 dias e Manitol (3mg/Kg, IV) 1 dose. Decorridas 3 horas de tratamento, o animal apresentou melhora nas manifestações neurológicas, e deu-se continuidade à terapêutica. Entretanto, no 6º dia de internamento o animal veio a óbito. Nos achados da necropsia, foi observado abscesso hepático e congestão cerebral. Devido a semelhança dos sinais clínicos apresentados com os relatos da literatura, o tratamento foi estabelecido com o objetivo de controlar as manifestações neurológicas, levando em consideração que o animal já era soropositivo para o vírus da CAE.
Palavras-chave Cabras, enfermidade neurológica, viral
Forma de apresentação..... Painel
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