Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12227

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ciências Biológicas
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, Outros
Primeiro autor Breno Filipe Reis de Oliveira
Orientador RODRIGO ALVES BARROS
Outros membros ANDREA PACHECO BATISTA BORGES, FABRICIO LUCIANI VALENTE, Leonardo Moises Sales Bueno, Rafael Colman Cardoso
Título Saúde única: epidemiologia dos acidentes com animais peçonhentos em Viçosa, MG
Resumo Os acidentes por animais peçonhentos têm grande relevância na saúde pública brasileira e envolvem as picadas por escorpiões, aranhas, serpentes, abelhas, vespas, marimbondos e arraias. Podem causar acidentes moderados ou graves e o controle se baseia na prevenção de ocorrências, por meio de medidas ambientais que envolvem alterações diretas no modo de vida da população. O estudo epidemiológico em questão visou realizar uma análise de dados secundários no intuito de compreender os fatores de riscos associado aos ataques à população. Para mais, averiguou-se uma correlação com aspectos socioeconômicos dessa distribuição, em que determinados indicadores poderiam influir no aumento de ocorrências. A pesquisa apresenta um mapeamento dos focos de acidente do município e colaborou na elaboração de medidas a serem tomadas pela prefeitura municipal de Viçosa. Dessa forma, a epidemiologia socioespacial dos acidentes foi tema central do presente trabalho. Mediante dados provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foram reunidas as estimativas de agravos por animais peçonhentos, estes foram agrupados às informações do Censo Demográfico do ano 2000 e da PNAD e do Índice de Desenvolvimento Social (IDS). Indicadores socioeconômicos como renda, escolaridade, abastecimento de água, coleta de lixo, esgotamento sanitário e densidade de ocupação dos domicílios foram alocados e a partir de todas essas informações elaborou-se a hipótese relacional. Verificou-se que de 2007 a 2018 foram notificados 1.098 acidentes por animais peçonhentos, dos quais 498, quase metade das notificações, foram causados por escorpiões, passando de 13 notificações em 2007 para 95 em 2018, um aumento de 631%, tornando-se prioridade nas ações de saúde pública. Para o ano de 2018 a incidência acumulada foi de 122 acidentes escorpiônicos para cada 100.000 habitantes. As maiores frequências foram entre os meses de outubro a abril, período de maior incidência de chuvas, o que ocasiona desalojamento dos escorpiões. Indivíduos do sexo masculino foram os mais acometidos (62%), principalmente na faixa etária de 20-49 anos (49%), com picadas nas mãos (47%) e pés (26%), predominantemente na zona urbana (76%), nos bairros de maior vulnerabilidade socioeconômica. Logo, a segregação espacial e a correlação socioeconômica presumida preliminarmente para as condições ambientais de habitat para animais peçonhentos se configuraram como assertivas. O delineamento da pesquisa juntamente aos resultados obtidos contribuiu com a Secretaria Municipal de Saúde do município de Viçosa, pela Subsecretaria de Vigilância Epidemiológica, na estruturação de um plano direcionado de conduta para o combate e controle desses animais. O caráter multiprofissional e interdisciplinar do projeto reforça a importância da Medicina Veterinária junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), representado pela Secretaria Municipal de Saúde no município, para a consolidação da Saúde Única.
Palavras-chave Escorpionismo, One Health, Vigilância.
Forma de apresentação..... Painel
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