Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

21 a 25 de outubro de 2019

Trabalho 12224

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciências Agrárias
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Iris Araújo Silva
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros Larissa Carvalho Santos, Luana Bertollini de Jesus Silva, Marcela Ferreira Gomes, Thamirys Andrade Lopes
Título Caracterização química de lignina Kraft extraída do licor negro Kraft pelo processo LignoBoost
Resumo Objetivou-se caracterizar quimicamente a lignina Kraft extraída do licor negro a partir do processo LignoBoost. Para melhor homogeneização do tamanho das partículas e solubilização da lignina Kraft, a mesma foi triturada e classificada em pulverizador. A caracterização físico-química da mesma foi realizada nos laboratórios de LCP, LPM e LAPEM. Determinou-se o teor de umidade, pH, lignina solúvel e insolúvel, carboidratos, metais, sílica, composição elementar e cinzas. A umidade de equilíbrio higroscópico da lignina Kraft utilizada neste experimento foi de ± 5%, base seca.O pH médio da lignina Kraft utilizada foi 3,4, podendo essa, por seu caracter ácido, influenciar no processo de síntese dos adesivos fenólicos, pois ele é produzido em condições fortemente alcalinas. Dias (2014) produziu adesivos fenólicos com lignina Kraft em pH em torno de 10,20, e observou que a utilização de ligninas alcalinas é mais interessante, visto que, aquelas de pH ácido podem provocar aumento da viscosidade dos adesivos, reduzindo a penetração do adesivo no substrato e acelerando sua polimerização. O teor de lignina solúvel (12,70) e insolúvel (85,37) indicam pouca contaminação da lignina com carboidratos e cinzas, sendo esses valores obtidos favoráveis para a síntese dos adesivos. Observou-se maiores percentuais dos elementos Ca, K e Na em relação aos demais, e isso se deve aos resíduos do processo de recuperação do licor de cozimento que ficaram aderidos à lignina. Os valores obtidos para os minerais podem ser considerados baixos, logo não se espera influência dos mesmos na síntese dos adesivos.Quanto à composição química elementar, verificaram-se altos percentuais de carbono e baixos percentuais de oxigênio, valores já esperados pela pureza e pelo alto teor de lignina total da amostra, e pela composição das ligninas. Verificou-se, ainda, a presença de enxofre na amostra, referente aos sulfatos que se ligam à lignina, em virtude de sua propriedade de sulfonação, e que podem ser oriundos tanto do processo Kraft quanto do processo de extração da lignina.Destaca-se, o baixo teor de cinzas (1,1%) na lignina utilizada, o que caracteriza os bons níveis de lavagem da polpa e recuperação dos licores de cozimento que deram origem à lignina utilizada neste estudo, além da eficiência do processo LignoBoost. O baixo teor de cinzas é importante por garantir a pureza da matéria prima e, conseqüentemente,possibilitar maior controle dos resultados dos processos, uma vez que quanto mais pura a lignina, melhor sua interação com o fenol e com os demais componentes da formulação dos adesivos.
Palavras-chave Lignina Kraft, caracterização química, biorrefinaria
Forma de apresentação..... Painel
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