ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Extensão |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Ciências Exatas e da Terra |
Setor | Departamento de Educação |
Bolsa | PIBEX |
Conclusão de bolsa | Sim |
Apoio financeiro | UFV |
Primeiro autor | Filipe Peixoto Santos |
Orientador | FELIPE NOGUEIRA BELLO SIMAS |
Outros membros | ISABELA LEAO PONCE PASINI |
Título | Usando o bambu para a construção do conhecimento crítico |
Resumo | Em continuidade do PIBEX aprovado em 2017, onde na ocasião trabalhou-se na EFA (Escola Familia Agricola) Puris, em Araponga -Mg, este projeto objetiva re-significar o uso do bambu, principalmente no meio rural, passando de um uso em estruturas temporárias, para estruturas duradouras e nobres, substituindo a madeira, tornando-se ecologicamente mais coerente e socialmente adequado. Este projeto toma um cunho fundamentalmente educacional, a partir do momento que se percebe que conscientizar sobre as reais potencialidades do bambu trata-se, sem dúvidas, de um desafio pedagógico. Neste sentido, faz-se mister o aprofundamento em técnicas e metodologias adequadas ao diálogo da prática com teoria, significando uma em reciprocidade com a outra, buscando-se assim a práxis freiriana. Nesta toada, a tônica é um princípio muito utilizado pelas CEB's (Comunidades Eclesiais de Base): a cabeça pensa, a partir de onde os pés pisam. No contexto deste projeto, isso significa que os conceitos teóricos, são pensados e expostos a partir da prática que se passa na concretude da vida. Este projeto responde, portanto, a uma necessidade técnica em uma perspectiva da popularização do uso do bambu, bem como as estratégias no âmbito educacional que viabilizam essa popularização. É feito neste projeto todo o trabalho necessário: a colheita do Bambu Gigante (Dendrocalamus Giganteus) realizada manualmente, o tratamento, a confecção de encaixes, e montagem da estrutura em forma de mutirões pedagógicos. Tais mutirões são pensados e metodologicamente elaborados para servirem como o momento de aprendizado e apresentação dos conceitos. Assim, aprende-se, por exemplo, durante a colheita que o bambu é uma gramínea, quais são as características dessa família (biologia), os tipos de esforços dos quais ele é submetido (física), o que os antigos faziam com bambu (história, geografia), o porque que hoje quase não fazem mais (sociologia). A sabedoria deste método reside no fato de que os conceitos são expostos dentro de uma atmosfera laboriosa, envolvente, contextualizando e dando certa materialidade aos conceitos que outrora eram abstratos. A contextualização sócio-cultural favorece que a construção do conhecimento se de forma crítica e lúcida, possibilitando certa familiaridade do que antes era puramente abstrato. Acredita-se, por fim, que este método de aprendizado tem muito a ser explorado. É adequado principalmente quando se considera a realidade dos sujeitos/as no campo, cuja lida do cotidiano perpassa por uma série de atividades práticas semelhantes ás realizadas no curso, tornando mais significativo não só as atividades com o bambu, mas também o trabalho do dia a dia. |
Palavras-chave | Educação, Trabalho, Bambu |
Forma de apresentação..... | Oral |